quarta-feira, 25 de julho de 2012

PIERCING E TATUAGEM! POSSO USAR???

"Não façam cortes no corpo por causa dos mortos, nem tatuagens em si mesmos. Eu sou o Senhor"

Levítico 19:28 


 


No Antigo Testamento, quando lemos o livro de Levítico, nos deparamos com um versíulo muito claro e preciso, quanto ao uso ou não de piercing e tatuagem.

     Antes de entrarmos na seara bíblica, daremos abaixo uma explicação mais detalhada sobre o assunto.



Piercing

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Piercing (ou pírcingue, ortografia aceitável em português de Portugal, mas raramente utilizada) é uma forma de modificar o corpo humano, furando-o a fim de introduzir peças de metal esterilizado.      



Tatuagem

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 
A tatuagem (também referida como tattoo na sua forma em inglês) ou dermopigmentação ("dermo" = pele / "pigmentação" ato de pigmentar, ou colorir) é uma das formas de modificação do corpo mais conhecidas e cultuadas do mundo. 
 
Trata-se de um desenho permanente feito na pele humana que, tecnicamente, é uma aplicação subcutânea obtida através da introdução de pigmentos por agulhas que perfura a pele, um procedimento que durante muitos séculos foi completamente irreversível (embora dependendo do caso, mesmo as técnicas de remoção atuais possam deixar cicatrizes e variações de cor sobre a pele). 
 
 
     Tanto na colcoação de um piercing, quanto na aplicação de uma tatugem, verificamos dois pontos em comum, ou seja, a perfuração da pele. 

       Já nesse contexto, levando-se em consideração o que o versículo 28 do capítulo 19 de Levítico traz de ensinamento, podemos verificar que o simples fato de retalharmos o corpo estaria indo de encontro direto. Sem contar que o versículo ainda é explícito quanto ao uso de tatuagens.

      Muitos defendem o uso de piercing e da tatuagem, tendo em vista que no Novo Testamento não existe nenhu versículo específico proibindo o seu uso. No entanto, como cristãos, devemos analisar a Bíblia em todos os seus contextos e ensinamentos.

     Abaixo, coloco um estudo completo sobre o assunto, do Pastor Elias R. de Oliveira:

Tatuagem, Piercing e Cia
 
A igreja nas últimas décadas tem sido alvo de poderoso ataque do maligno, em alguns casos explícito; mas, ele tem sido implícito  muitas vezes, e não são percebidos de imediato. Uma forma eficaz de ação é introduzir o “mundanismo” no meio da congregação. Tudo começa de uma forma muito inocente e inofensiva, mas, no decorrer dos dias, se avoluma e envolve todas as mentes que, influenciadas pelos espíritos malignos enviados pelo diabo, tornam-se cegos, e como tais, destituídos da visão de Deus (espiritual). A carne se manifesta e as coisas esdrúxulas são concebidas como perfeitamente normais.

Em conseqüência, deparamos com igrejas totalmente permissivas quanto aos modos de vida, comuns e aceitáveis àqueles que vivem no “mundo” longe dos princípios eternos do Deus vivo. Os servos de Deus devem observar o seu proceder e agir de uma forma que edifique a todos.  

"É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar ou se ofender ou se enfraquecer." (Rm 14:21)

Mas, este mandamento do Senhor não é observado e depara-se com pessoas que se auto-intitulam de "crentes" que escandalizam até mesmo os não salvos.
Por exemplo:

Piercing – Inimaginável no corpo do Servo de Deus. Tem sua origem em rituais religiosos. É mutilar o corpo, templo do Espírito Santo.

Tatuagem – A conotação espiritual impregnada no uso das tatuagens é real. Por mais inocente que seja a figura, traz em si, um significado ritualístico.

 Veja como deve ser o servo:

"Não deixe que ninguém o despreze por você ser jovem. Mas, para os que crêem, seja um exemplo na maneira de falar, na maneira de agir, no amor, na fé e na pureza."(1 Tm 4:12)

Olhando segundo o Espírito de Deus, fica patente, que tudo isto são apenas desejos da carne, uma forma de externar “rebeldia, obstinação, teimosia, etc.”, o querer ser diferente dos demais, é abrir portas para o diabo agir na vida.
 
Piercing e Tatuagem:

Esquecem-se, que o chamado do Senhor é para que sejam diferentes, separados deste mundo, e que, jamais compartilhem os mesmo prazeres e práticas, veja: 

“Não se juntem com os descrentes para trabalharem com eles. Como é que o certo e o errado podem ser companheiros? Como podem viver juntas a luz e a escuridão? Como podem Cristo e o diabo estar de acordo? O que é que um cristão e um descrente têm em comum? Que relação pode haver entre o Templo de Deus e os ídolos pagãos? Pois nós somos o templo do Deus vivo."    ( 2Co 6:14-16)

É comum a seguinte desculpa:

A Bíblia não condena! Não existe na Bíblia tal proibição! E semelhantes.

Conclui-se que os que pensam assim, estão destituídos do Espírito Santo de Deus, que edifica a vida e nos capacita a ouvir a voz do Senhor, e ilumina o caminho pelo qual devemos andar.

Paulo escreveu aos de Corinto:

Será que vocês não sabem que o corpo é o Templo do Espírito Santo, que vive em vocês e foi dado por Deus?  Vocês não pertencem a vocês mesmos, pois Deus os comprou e pagou o preço. Portanto, usem os seus corpos para a glória Dele.” (1Co 6.19,20)

Quando nos conscientizamos que somos escravos do Senhor, e que, a nossa vontade deve estar sujeita ao nosso dono e com a idéia que nosso corpo é Templo do Espírito de Deus; chegamos à conclusão: não temos qualquer autoridade de usá-lo de uma forma diferente da considerada convencional. Por conseqüência, é rebelião contra o Senhor, a decisão de encher o corpo de penduricalhos ou piercing e tatuagens.

As desculpas para satisfazer a vontade da carne são inúmeras: o modo de vida dos Israelitas antigos ou mesmo a cultura de um povo estrangeiro podem ser invocados, para justificar uma forma de vestir-se ou agir; Os adeptos do piercing, apelam até para a "argola" que Rebeca usou no nariz!, na tentativa de justificar seu agir errôneo. 
Mas, é bom lembrarmos que estamos no Brasil e que o nosso padrão cultural convencional diferem dos demais povos. É preciso andarmos no equilíbrio, sem os exageros comuns aos filhos do mundo.

Amados jovens, amado povo do Senhor, é indispensável que sejamos exemplos e que o mundo veja em nós um diferencial que é resultado de nossa comunhão com o Senhor. Como podem ver o Senhor e o Amor de Deus, se a nossa vida não apresenta exteriormente qualquer tipo de mudança? Seja exemplo! veja a recomendação do Apóstolo Paulo:

”Não deixe que ninguém o despreze por você ser jovem. Mas, para os que crêem, seja exemplo na conversa, na conduta, no amor, na e na pureza. (1Tm 4.12)

- Moda: desde quando o servo de Deus necessita estar ligado à moda? Porque gastar dinheiro em coisas tão vãs? A moda geralmente quer colocar o corpo em evidência.

- Tatuagem, piercing: em que é justificáveis a vontade tão grande de muitos em assemelhar-se ao mundo? Sujar as “paredes” do templo do ES com pichações (Tatuagens)? E encher-se de badulaques (piercing)?  Fomos chamados para sermos semelhantes ao Senhor Jesus Cristo, seus imitadores e discípulos! Ser discípulos do mundo jamais!


É claro que muitas vezes as conseqüências pelos pecados cometidos serão carregados por toda a vida, isto é inegável.

Por exemplo:
 
 Um jovem marcado com Tatuagem, às vezes precisa conviver até os dias finais com ela.

Mas, agora que foram lavados pelo Sangue do Senhor e cheios do Espírito Santo, devem viver uma vida sem culpa! Em humildade e com a intenção principal de agradar a Deus em todos os aspectos.

” Todas as coisas são feitas de acordo com o plano e com a decisão de Deus. De acordo com a sua vontade e com aquilo que ele havia resolvido desde o princípio, Deus nos escolheu para sermos o seu povo, por meio da nossa união com Cristo.  Portanto, digo que nós, que fomos os primeiros a pôr a nossa esperança em Cristo, louvemos a glória de Deus.  A mesma coisa aconteceu também com vocês. Quando ouviram a verdadeira mensagem, a boa notícia que trouxe para vocês a salvação, vocês creram em Cristo. E Deus pôs em vocês a sua marca de proprietário quando lhes deu o Espírito Santo, que ele havia prometido." (Ef 3.11-13
 
Nós como verdadeiros Servos do Senhor, devemos zelar um pelos outros e se somos santificados  em Cristo, é dever apresentarmos o nosso corpo como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” e jamais usá-lo pra satisfazer a carne e nos envolvermos com os modismo deste mundo que “jaz do maligno” entristecendo assim, o Espírito de Deus e por conseqüência os irmãos.

Finalizando, quero citar o ensinamento de Paulo:

”Alguns dizem assim: ‘Podemos fazer o que queremos,’Sim, mas nem tudo é bom.‘ Podemos fazer o que queremos, 'mas nem tudo é útil.”(1Co 10.23)

Vemos que temos liberdade para tudo, no entanto, nem tudo é bom ou útil!

”Que Deus, que nos dá a paz, faça que vocês sejam completamente dedicados a ele. E que ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês livres de toda mancha, para o dia em que Jesus Cristo, o nosso Senhor vier.” (1Ts 5.23)
 

Tatuagens, piercing e outros costumes, são comuns àqueles que ainda precisam ser alcançados e chamados pelo Senhor. Possuir uma aparência semelhantes aos mundanos, jamais  vai influenciar alguém a decidir-se por Cristo. Esta forma de pensar procede do maligno!  Jesus, não assemelhou-se a ninguém para fazer a obra, na verdade, sentou-se com pecadores, mas, não assemelhou-se a eles.
 
Quem não tem piercing e tatuagens, ouça o Espírito Santo e não faça! aqueles que tem, se tiveres condições as retire, caso contrário, arrependa-se e procure não expô-las.  Assim honrarás ao Senhor.


     Em resumo, verificamos com o estudo acima, que devemos nos comportar sempre e em todo o momento para a Glória de Deus e de maneira alguma podemos ser escânda-lo para aqueles que ainda não conhecem a Palavra. 
 
    Devemos sim, ser exemplos... ser luz em meio as trevas que assolam este mundo.

Por José Augusto Pereira Rabello
 

sábado, 21 de julho de 2012

A MISSÃO DE UM PASTOR DE OVELHAS

Em outra mensagem, pudemos observar superficialmente, as características que um Pastor deve ter em sua vida, como características permanentes e atuantes, para que possa desempenhar com perfeição seu Ministério.

     A responsabilidade de um homem de Deus, de um homem ou mulher que se entrega totalmente à votade do Pai e aceita esse maravilhoso ministério, que é o pastoreio de Seu rebanho, deve ter como meta de vida, o aperfeiçoamento espiritual e principalmente, a obediência aos designios de Deus.

     Novamente, irei discorrer sobre estas importantes características de um Escolhido de Deus, sendo que desta vez, fazendo um paralelo com a Bíblia Sagrada, demonstrando que podemos encontrar todas estas ordenanças na Palavra.



     "Disse então o Senhor a Satanás: “Repa­rou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal"

Jó 1:8

      

    No Livro de Jó, encontramos nossa primeira qualidade. Um homem irrepreensível é aquele que não comete erros, ou seja, que não é repreendido por outra pessoas. Que não sofre repreensões. Que tem reputação e atitudes incontestáveis.



"mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei"

Gálatas 5:23


     Em Gálatas podemos observar uma virtude muito apreciada por Deus, para um homem de Deus. O domínio próprio, ou em outras traduções, a temperança. Uma pessoa com esta característica, deve ser equilibrada em todos os sentidos. Moderada em todos os seus atos e principalmente, comedido no que tange os prazeres do mundo, como a bebida, comida, etc.



 "Portanto, não durmamos como os demais, mas estejamos atentos e sejamos sóbrios"

1 Tessalonicenses 5:6



      Paulo vem nos mostrar, biblicamente, mais um adjetivo de um Pastor. Ser sóbrio, neste contexto, significa ser sensato e prudente. É uma pessoa discreta e moderada. Um Pastor deve ser cauteloso em todas as suas atitudes. Pensar antes de falar e agir.



"Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a Glória de Deus. Não se tornem motivo de tropeço, nem para judeus, nem para gregos, nem para a igreja de Deus" 

1 Coríntios 10:31,32 



     O servo de Deus deve ter uma conduta ilibada. Não pode ser vergonha para a Palavra de Deus. Deve eliminar de sua vida os conflitos interiores e frustrações.Caso contrário, apenas terá uma máscara, usando de falsidade para com os membros e para com Deus.


"A vida de pecado dos ímpios se vê no olhar orgulhoso e no coração arrogante"

 Provérbios 21:4 


     O Pastor arrogante é aquele que não aceita a opinião e conselho de suas ovelhas. Ele sempre está certo, apensar de provas dizerem o contrário. O Pastor deve considerar os anseios de seus membros e colocar sempre sua vontade de acordo com a vontade de Deus e de seus membros, com a devida decência e ordem.


"Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se"

Tiago 1:19


     Um Pastor não pode mostra-se ao seu rebanho, como um homem desequilibrado e inseguro. A ira tira do Pastor a condição de liderar e aconselhar. Deve sim, o Pastor, ser paciente e equilibrado, a ponto de suportar as críticas e fazer delas motivo para seu crescimento espiritual.


"Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos"

Colossenses 3:15 


     Um Pastor que não vive em paz e traz para sua vida, uma característica de violência, não somente em ação, mas também em suas palavras, faz com que seu ministério se afunde em meio a um lamaçal de discórdia. Importante ainda frisar, que o Pastor deve ser um home de paz não somente quandoestá na Igreja, mas principalmente agir da mesma forma, em seu lar ou qualquer outro local da vida cotidiana.


"Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente" 

2 Timóteo 2:24 


      Um Pastor deve ser inimigo das contendas. Quando um Pastor não aceita a ideia de suas ovelhas, torna-se uma pessoa contenciosa, fazendo com que os atritos passem a fazer parte da Igreja. Um ministério contencioso desagrega e faz com que ocorra um esvaziamento dos bancos da Igreja.


"O sábio é cauteloso e evita o mal, mas o tolo é impetuoso e irresponsável"

Provérbios 14:16


      Um homem de Deus cauteloso, cordato, prudente, é aquele que é oposto ao contendor, ao irascível e ao violento. Procura agor de maneira sensata buscando a paz e a unidade de suas ovelhas. É um homem ou mulher sensível e trata todos com igualdade.


 "Então o Senhor disse a Noé: Entre na arca, você e toda a sua família, porque você é o único justo que encontrei nesta geração"

Gênensis 7:1


     A justiça é caraterística fundamental para um Pastor, pois em todo o momento, durante seu ministério,deverá julgar situações e tomar decisões. Somente os verdadeiramente justos, saberão discernir o certo do errado, o joio do trigo.


 "Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e piedoso, e que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele"

Lucas 2:25


     Um homem piedoso é aquele que age com amor para com seus semelhantes. A piedade tem muito a ver com a santidade. Uma vida de oração e santidade faz do Pastor um homem piedoso e assim, tendo um padrão de vida santa e íntegra.


 Meu coração está com os comandantes de Israel, com os voluntários dentre o povo. Louvem o Senhor

Juízes 5:9 


    Ser voluntário é estar disposto a ajudar na obra de Deus. Ser voluntário é fazer da sua vida uma consequencia da vontade do Pai. Um verdadeiro obreiro deve ser um voluntário nos serviços da Igreja e estar sempre preparado para trabalhar na seara do Senhor.


"nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus" 

1 Coríntios 6:10


    Avarento tem muitos significados para aqueles que usam desta má qualidade, um modelo de vida. A avareza pode destruir um homem e por conseguinte, todo um ministério, pois pode se tornar em umsentimento maligno. A ganância pelo dinheiro e a retenção do dízimo são duas formas de deixar este defeito entrar na vida de um homem.


"Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho"

1 Pedro 5:3


    Um pastor não é um ditador e sim um facilitador. A Igreja não pode ser governada despótica e politicamente. Quando um homem de Deus usa destes artifícios para governar seu rebanho, tende ao fracasso imediato.


"Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo"

1 Coríntios 11:1



 
    Um Pastor deve ser exemplo de seu rebanho. Exemplo como Pastor, como homem de Deus, com servo, como esposo, como pai, como trabalhador, enfim, exemplo em todas as esferas da sociedade. O Pastor é o exemplo de seus liderados.


sábado, 14 de julho de 2012

DISCERNIMENTO ESPIRITUAL

  "Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido" 

1 Co  2:14,15

Paulo, na carta aos coríntios, vem nos mostrar uma realidade muito presente na vida de todos nós. 
     Existem ensinamentos da Bíblia, que somente àquele que possui o Espírito Santo de Deus em sua, pode compreender em toda sua magnitude.

     Um exemplo desta guerra de conflitos, existente entre o ser espiritual e o ser material, passou-se em minha própria vida.
  
    Quando estava cursando o nível superior em Biologia, em uma disciplina chamada "Evolução", me deparei com as grandes teorias evolucionistas de Lamarck e Darwin. E na época, foi solicitado que os alunos se separassem em grupo e escolhessem um tema evolucionaista para debate. Lembro-me bem, que existia um grupo na sala que era evangélico, e escolheram então o "Criacionismo" para sua defesa. Como na época eu ainda não era cristão, fiquei com a defesa de Charles Darwin em sua teoria da evolução das espécies.
     É incrível, como as palavras do Apóstolo Paulo se aplicam tão reais em nossas vidas, pois como eu ainda não tinha o entendimento espiritual, ou seja, ainda não tinha o Espírito Santo habitando em meu ser e assim, não discernia as coisas espirituais, achei ridículo a defesa do grupo Criacionista. Para o meu entendimento limitado e carnal, era impossível eui acreditar que existiu um Adão e uma Eva e que deles surgiu toda a espécie humana.
     O homem que não discerne espiritualmente, não tem como compreender as verdades bíblicas, pois como Paulo bem diz, parece-lhes loucura. Somente quando o homem aceita Jesus em sua vida e recebe o Espírito Santo de Deus, pode ele aceitar em sua vida, os ensinamentos da Palavra de Deus.
     Hoje, eu lembro-me deste episódio e fico a pensar como as pessoas podem mudar e digo, para melhor, quando estão em Cristo. Hoje, inverte-se totalmente o pensamento a anos defendido. Parece-me loucura acreditar no evolucionismo de Charles Darwin e totalmente real e verdadeiro a existência de Adão e Eva e toda teoria do Criacionismo.

    É assim que Deus trabalha na vida de cada um de nós. Fazendo com que possamos discernir as coisas espirituais e assim, adquirirmos mais conhecimento da Bíblia, e consequentemente, vivendo de maneira mais correta e agradável aos olhos do Pai.

Por José Augusto Pereira Rabello

quarta-feira, 11 de julho de 2012

AS FUNÇÕES MINISTERIAIS DE JESUS CRISTO


     A Bíblia Sagrada revela, Jesus sendo gradativamente empossado ou ungido [cristo] em VÁRIAS FUNÇÕES MINISTERIAIS, (ou vários personagens) integrando as porções relativas ao Espírito de:



O Cordeiro de Deus 

"No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! " 
Jo 1: 29



O Sumo Sacerdote e Apostolo 

"Portanto, santos irmãos, participantes do chamado celestial, fixem os seus pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote que confessamos"
Hb 3: 1



O Profeta 

"Disse a mulher: Senhor, vejo que é profeta"
Jo 4: 19



O Supremo Pastor 

"Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória"
1 Pe 5: 4



O Esposo

"Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou"
Ap 19: 7




O Advogado

"Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo"
1 Jo 2: 1




O Senhor e Mestre

"Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros"
Jo 13: 14




O Senhor e Rei

"Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES"
Ap 19: 16



O Anjo ou Mensageiro

"Ali o Anjo do Senhor lhe apareceu numa chama de fogo que saía do meio de uma sarça. Moisés viu que, embora a sarça estivesse em chamas, não era consumida pelo fogo"
Ex 3:2 a 6
 


O Juiz ou Palavra que julga

"Além disso, o Pai a ninguém julga, mas confiou todo julgamento ao Filho"
Jo 5: 22 



O Mediador e Homem

"Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus"
1 Tm 2: 5 




O Alfa e o Omega

"Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim"
Ap 22: 13



O Emanuel

“A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamarão Emanuel”, que significa “Deus conosco”
Mt 1: 23




A Ressurreição

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá"
Jo 11: 25



O Pecado

"Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus"
2 Co 5: 21




O Maldito

"Cristo nos redimiu da maldição da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: “Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro” 
Gl 3: 13



A Porta

"Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem"
Jo 10:7 e 9



O Caminho, a Verdade e a Vida

"Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim"
Jo 14: 6



A Luz

"Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo"
Jo 9: 5 



O Pão Espiritual

"Então Jesus declarou: Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede"
Jo 6: 35



O Maravilhoso Conselheiro

"Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro..."
Is 9: 6



O YeHoWaH Salvador/Yeho-Shua

"A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo"
Fp 3: 20



O YeHoWaH provedor/Jire

"O que vocês pedirem em meu nome, eu farei"
Jo 14: 14



O YeHoWaH que cura/Rafa

"Os judeus não acreditaram que ele fora cego e havia sido curado enquanto não mandaram buscar os seus pais"
Jo 9: 18



O YeHoWaH dos exércitos/Sabaote

"Os exércitos dos céus o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos"
Ap 19: 14



O YeHoWaH da paz/Shalom

"Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo"
Jo 14: 27


segunda-feira, 9 de julho de 2012

O SERMÃO DA MONTANHA


"E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa."
( Mt 5:1 -11)




o Sermão da Montanha, é considerado o clássico dos clássicos no universo cristão e ainda, considerado por muitos não cristãos, como uma das passagens mais instrutivas da Bíblia, sendo inclusive usado por católicos, espíritas e de outras denominação para ilustrar os ensinamentos dados por Jesus.

     Quando paramos por alguns momentos para ler e posteriormente, refletir sobre este texto, podemos observar a grandeza de nosso Deus e a tamanha preocupação dEle para conosco. O cuidado que Ele teve de neste breve discurso, fazer com que alcance todos, sem distinção de credo ou raça.

     Nos dias que se seguem em nossas vidas terrenas, quantos dos sentimentos descritos por Jesus nos acompanham por toda uma geração e por geração subsequentes.... quem nunca precisou ser consolado... quem nunca precisou ser preenchidos pela Justiça dos homens e pela Justiça divina... quem não gostaria que todas as qualidades imputadas por Jesus, fizesse parte de nosso cotidiano, como a mansidão, a humildade e a misericórdia.

     Façamos das Palavras de nosso Senhor, não somente um conjunto de letras com sentido semântico, mas sim, palavras que façam parte de nosso ser... palavras que mostrem quem somos e assim, possamos nos orgulhar de dizer que somos realmente filhos de Deus.

Por José Augusto Pereira Rabello

sexta-feira, 6 de julho de 2012

FALAR EM LÍNGUAS ESTRANHAS

"E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhe concedia que falassem"

Atos 2:4


Muito se discute no meio evangélico e não evangélico, sobre o Dom de Línguas. Uns defendem este Dom, dizendo ter total respaldo bíblico de sua existência; outros no entanto, acreditam que ele não existe, defendendo suas ideias também em textos bíblicos.

     Vamos, como já é de costume, saber um pouco mais sobre as definições existentes deste assunto e depois iremos colocar alguns textos bíblicos para refletirmos.




Falar em línguas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


     Falar em línguas ou Dom de línguas é um fenômeno religioso cristão, que deriva da narrativa contida no livro de Atos dos Apóstolos do Novo Testamento, onde, sob inspiração do Espírito Santo, os primeiros seguidores de Jesus teriam falado em Jerusalém e os estrangeiros ali presentes entenderam as preleções, cada qual em seu idioma, conforme grifado abaixo:

E CUMPRINDO-SE o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhe concedia que falassem.
E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
Partos e medas, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, Ponto e Ásia,
E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
Cretenses e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?

     Ainda segundo o relato bíblico, os forasteiros primeiramente teriam zombado dos apóstolos, dizendo que estes estavam "cheios de mosto", isto é, bêbados. O Apóstolo Pedro então, levantando-se, procedeu a uma fala, ao final da qual quase três mil pessoas haviam se convertido.


Línguas de anjos

     Na inauguração do pentecostes, esteva reunida na igreja de Jerusalém cerca de cento e vinte cristãos, todos perseveravam unanimes na oração, na doutrina dos apóstolos, na comunhão e no partir do pão. No dia de pentecostes, Deus fez com que inúmeras pessoas ao redor do mundo ouvissem aquele som de línguas estranhas que procedia de Jerusalém, pessoas de todas as partes viajaram à Jerusalém para ouvir o evangelho. Estando pois reunidos homens de todas as nações debaixo do céu naquele lugar, cada um dos estrangeiros ouviram em perplexidade a dispensação do evangelho, esse marco cristão caracterizava a dispensação do evangelho à todo o mundo. Em Jerusalém, ao descer sobre os cristãos o Espírito Santo, estes, cheios do mesmo Espírito passaram a falar a língua dos anjos, assim como o apóstolo Paulo bem define: (Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. I Coríntios 14:2). Embora realmente estivessem falando em línguas incompreensíveis em relação aos interlocutores, o que ocorreu no pentecostes foi que através do poder de     Deus era concedido a cada um dos ouvintes o dom de interpretação de línguas, isso caracterizava as próprias virtudes do derramamento do Espirito concedia aos ouvintes, além das conversões, o recebimento da plenitude do Espírito marcou o recebimento de poder, bem como o Carisma, ou dons, assim, a mensagem de Deus era claramente entendida por todos em sua própria língua materna, em outras palavras, eles falaram uma só língua que foi entendida em várias línguas diferentes. O texto de Atos 2 não fica claro que as cento e vinte pessoas falavam individualmente um idioma humano ou Glossolalia (do grego γλώσσα, "glóssa" [língua]; λαλώ, "laló" [falar]), mas a cada um dos ouvintes era dado entender a mensagem, cada um portanto, ouvia falar em sua própria língua. Um dos maiores milagres do pentecostes foi que o próprio derramamento do espírito concedeu o dom de Interpretação a todos os ouvintes que se arrependeram, ou seja: Enquanto pregavam e falavam na língua dos anjos, Deus naquele momento concedia pelo próprio Espírito o dom de Interpretação à todos os estrangeiros que os ouviam, esse foi um dos milagres:O derramamento do Espírito e suas virtudes, isso fica bem definido, porque outros que não receberam o Espírito sombavam, julgavam estar aquele povo embreagado, o motivo para tal é que este último grupo não possuía a virtude de interpretação de línguas pelo Espírito Santo, assim eles não entendiam a interpretação da língua dos anjos falada, esse foi o motivo pelo qual começavam a zombar. A ideia de estar embreagado é a de alguém que não tem alto-controle, tanto das emoções, quanto na lógica, ou que diz palavras sem nenhum léxico entre si, como é o caso da esquizofrenia e da afasia sensorial, quando "o indivíduo parece estar falando uma outra língua; ele produz sons ininteligíveis, porém mantém os aspectos prosódicos da fala normal". Havia judeus incrédulos presentes no evento do pentecostes, os Judeus costumavam pedir sinal dos céus para que cressem, visto serem tamanhamente incrédulos, esses judeus seriam melhor convencidos ao ouvirem pessoas falando línguas de anjos sem que eles pudessem entender, enquanto que outras pessoas conseguiam entender a mensagem, mesmo sendo língua de anjos, assim seria muito mais convincente para que o Judeus cressem. Se os Judeus estivessem ouvindo idiomas humanos, então poderiam achar que aquele falar em línguas seria algo aprendido ou estudado.

E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra: Sangue, fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor. (Joel 2:28-31)

     Segundo a lista de códigos de países da ISO 3166-1, o número de países do mundo é de (246), entretanto, em Jerusalém havia apenas um grupo de aproximadamente (120) pessoas evangelizando pessoas de todos os países simultaneamente, nota-se portanto que o numero de pregadores em Jerusalém seria clara e logicamente insuficiente para atender uma demanda bem superior ao seu próprio número; se tratando da receptividade e clareza da mensagem, haveria grandes dificuldade na compreensão da oratória dirigida por um grupo de apenas 120 em comparação a quantidade de países geograficamente existente.

     Resumindo, a idéia clara é que o dom de línguas em Atos 2 era realmente línguas de anjos, mas Deus concedia a sua interpretação a cada um que os ouvia, para os que recebiam o dom do Espírito Santo a mensagem era clara na prática, mas era obscura para os que estavam externos ou recusavam o recebimento do Espírito.

Doutrina cristã tradicional

     Segundo a doutrina cristã tradicional, antes do advento das seitas autodenominadas pentecostais e neo-pentecostais, o fenômeno de falar em línguas foi restrito ao fato de Pentecostes.

     Segundo esse entendimento, o fenômeno de línguas narrado em Pentecostes não é o mesmo narrado em São Paulo, na primeira carta aos coríntios - sendo esse decorrente do paganismo que ainda se praticava naquela cidade da Grécia Antiga.


Interpretações para o Dom de línguas

     Apesar da descrição bíblica ser clara, algumas denominações religiosas confundem o chamado dom de línguas com a Glossolalia, ou mesmo com a xenoglossia. Assim, tem-se a glossolalia como a tradução para o dom de línguas em denominações como a Assembléia de Deus e a Congregação Cristã, ambas de origem estadunidense e pentecostais, aspecto que enfatizam em sua teologia.

     Já a xenoglossia, segundo estudos antropológicos feitos no Brasil, são mais raros, pois consistem em falar-se uma língua, viva ou morta, existente; O sociólogo Pedro A. Ribeiro de Oliveira, por exemplo, consignou em sua pesquisa a existência de apenas um caso de xenoglossia (ou xenolalia), entre os grupos evangélicos pesquisados, apontando que a grande maioria dizia falar em "..glossolalia, isto é, um conjunto de sons pronunciados de modo ritmico, sem significação aparente."

Dom de línguas na modernidade

     Existem, nas modernas acepções para o "falar em línguas", três formas de manifestação nos cultos religiosos: o falar, o orar e, finalmente, o cantar em "línguas". Quanto à condição consciencial do momento diz-se que podem ser extáticos e não-extáticos, em suas variantes o orador mantendo quase sempre a consciência do quanto lhe ocorre ao redor, como em situações registradas em cultos afros e da Renovação Carismática Católica.

     Oliveira Júnior, estudioso da PUC, refere-se à glossolalia como a "língua dos anjos" e que, portanto, não precisa de significado outro, senão aquele contextual no qual está inserido, chamando-a, entretanto, de "glossolalia religiosa". Segundo este autor o embasamento para o dom de línguas pelas denominações cristãs modernas afastam-se do conceito dos Atos dos Apóstolos, e fiam-se nas epístolas de Paulo de Tarso, notadamente com expressões que considera ligadas aos fatos narrados em Atos, tais como: "língua dos anjos" (1 Coríntios, 13,1), "palavras inefáveis ditas no paraíso" (2 Cor. 12,4), "cantos em espírito" (1 Cor. 14, 15; Efésios 5, 19), "gemidos inefáveis", dentre outras.



     Podemos verificar com os textos acima, que muito se tem discutido sobre o assunto e ainda muito mais se discutirá. A ideia principal que separa a unificação dos cristãos quanto ao Dom de Línguas, seria quanto a tradicionalidade ou não da denominação. Onde de um lado, encontramos os tradicionais, como batistas e presbiterianos, os quais não creem no Dom de Línguas na atualidade; e de outro lado, os pentecostais e neo pentecostais, como os membros das Assembleias de Deus e     Universal do Reino de Deus..

     Abaixo colocarei dois bloco de textos. O primeiro que vai diretamente de encontro ao Dom de Línguas e um segundo que o defende veementemente.

CONTRA O DOM DE LÍNGUAS


Vamos analisar o texto de Marcos 16.17,18:


     Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.
O texto fala de cinco sinais. Como segue:

1) Expelir demônios;
2) Falar novas línguas;
3) Pegar em serpentes;
4) Beber coisa mortífera;
5) Dom de cura.

     Os pentecostais usam somente o verso 17. Por quê? O texto não fala de dois sinais, mas de cinco sinais que acompanharão aqueles que crêem.

     Os pentecostais dizem que os sinais 1,3,4 e 5 podem acontecer “ocasionalmente” (sem que a pessoa deseje). Somente o sinal 2 é que pode acontecer “desejando”.

     Onde o texto diz isso? Onde no texto Marcos faz diferença entre os cinco sinais? Onde no texto, Marcos separa os cinco sinais em “sinais que podem se desejados” e “sinais que podem acontecer ocasionalmente”? Os cinco sinais estão alinhados um após o outro, initerruptamente, de tal forma que o que for dito de um, será dito dos outros.

     Se o sinal 2 é para a igreja hoje e os crentes têm que desejarem, então é lícito e bíblico aplicar estas características nos sinais 1,3,4 e 5.

Pergunto: alguém está disposto a tocar em serpente? Alguém está disposto a beber veneno? Alguém está disposto a impor as mãos sobre os enfermos para serem curados? Mas por quê todos estão dispostos a falar em línguas? Os que defendem a contemporaneidade dos dons alegam que esses cinco sinais não acontecem necessariamente em todos os casos de se falar em línguas. Eles alegam que os acontecimentos de Marcos 16.17,18 são sinais se ocorrerem e não se forem irresponsavelmente buscados.

     Bom, a teologia pentecostal é bem clara ao exortar o crente pentecostal a “buscar” o dom de línguas. Todos eles exortam a outros crentes a “orar” e a “buscar” pelo dom de línguas. Mas, por que neste texto as pessoas não querem defender uma “busca desenfreada” pelo dom de línguas? Será que é porque o texto apresenta uma dificuldade inerente aos pentecostais? Por que em outros textos se exorta a buscar o dom e no texto de Marcos alertam contra uma “busca desenfreada”? Mas, se os cinco sinais podem acontecer ocasionalmente, por que nas igrejas pentecostais só acontece o dom de línguas? Por que só o sinal do dom de línguas acontece “ocasionalmente”? A prática revela a incoerência daqueles que falam!

     Outra coisa, dos cinco sinais que devem ocorrer “ocasionalmente”, não há nenhum registro sequer no Novo Testamento dos sinais “pegar em serpentes e viver” e “beber coisa mortífera” (beber veneno). Nenhum caso, nenhuma menção sequer!

     O texto, mesmo que longe de provar o cessacionismo, também não serve para provar a contemporaneidade dos dons.


     Depois de analisar o texto de Marcos 16.17,18, vou me deter agora no livro de Atos, onde nós encontramos apenas quatro ocasiões onde se fala sobre o batismo do Espírito Santo. O primeiro relato está em Atos 2.4:


     ...de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. (Atos 2.2-4).

     O texto nos apresenta três sinais que mostravam aos presentes que Deus havia derramado seu Espírito naquela ocasião:


um som como de um vento;
línguas como de fogo sobre cada um dos presentes;
falaram em outras línguas.
     Os três sinais juntos (e não apenas as línguas) constituem o tripé que caracteriza o ocorrido como um derramamento do Espírito nesta ocasião. Isso é bastante claro no verso 33: “Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis”. Alguns defensores do continuísmo alegam que esta passagem é o padrão. Ora, então podemos concluir que os três sinais acontecem nas igrejas pentecostais? Claro que não! Por quê só deve acontecer o sinal 3 e não os outros dois?

     No restante do capítulo 2, não há provas de que o batismo do Espírito é acompanhado pelo falar em línguas. No verso 38 Pedro diz: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”.

     Dizer que receber o dom do Espírito do verso 38 é o mesmo que falar em línguas é um argumento desprovido de provas concretas, porque não é dito que os 3.000 convertidos falaram em línguas. Querer dizer o que o texto não diz é muita pretensão!

     Pelo contrário, o texto diz aquilo que os pentecostais rejeitam. Pedro está dizendo que o arrependimento é suficiente para o recebimento do batismo do Espírito Santo. Ou seja, quando é que se recebe o batismo do Espírito? Pedro diz que é no momento do arrependimento, e não numa ocasião futura. Quando alguém se arrepende e crê recebe o Espírito Santo, e não algum tempo depois. O texto não está dizendo mais nada além do que já diz!


A FAVOR DO DOM DE LÍNGUAS

     Os dons espirituais, são poderes ou graças que o Espírito Santo confere aos servos de Deus para a edificação da igreja (Hb 2.4 e 1Pe 4.10). A manifestação dos dons na vida do crente é a confirmação do “Batismo do Espírito Santo”. Os dons são objetos de predições no Antigo Testamento, em Isaias 35.4-6 (“Digam aos desanimados: “Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui. Ele vem para nos salvar, ele vem para castigar os nossos inimigos.” Então os cegos verão, e os surdos ouvirão; os aleijados pularão e dançarão, e os mudos cantarão de alegria. Pois fontes brotarão no deserto, e rios correrão pelas terras secas.) e em Joel 2.28,29 (“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.”). 

     Eles são de diferentes espécies (“Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas é um só e o mesmo Espírito quem dá esses dons. Existem maneiras diferentes de servir, mas o Senhor que servimos é o mesmo. Há diferentes habilidades para realizar o trabalho, mas é o mesmo Deus quem dá a cada um a habilidade para fazê-lo.” 1Co 12.4-6). 

     Paulo enumera alguns (“...tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria”. Rm 12.6-8 e “Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las... Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis.” 1Co 12.8-10; 14.1), mas, o Espírito Santo é livre e não se restringe à relação deixada pelo apóstolo; novas formas de ações surgem no decorrer da história do povo eleito.

     O Senhor Jesus, possuía os dons e os usava para a edificação da multidão que O seguia (“Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.” Mt 12.28), este exemplo precisa ser observado pelos servos que foram agraciados, os talentos espirituais não são para a glória do homem, sim, para a edificação do Reino de Deus, através da manifestação do poder e autoridade.

     A primeira referência do derramamento do Espírito sobre a igreja está em At 2.1-4 (“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados. Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.”), é o Pentecostes; neste dia o dom do Espírito Santo permitiu a todos os apóstolos falarem em outras línguas (idiomas), sendo entendidos por pessoas de diferentes países

     É inadmissível a rejeição do Batismo no Espírito Santo, bem como, os dons. A Palavra é clara na explanação, não deixando margens para dúvidas. Afirmar que os dons do Espírito ficaram restritos ao Pentecostes é heresia, esta tese contraria todas as cartas Paulinas, pois, foram escritas em datas posteriores ao Pentecostes. A conversão de Paulo aconteceu por volta do ano 37 dC, sete anos após a descida do Espírito Santo no Pentecostes (30 dC).


O Dom de Línguas:

     Os dons são diversos e todos eles úteis à edificação da igreja. O dom de línguas é visto por algumas denominações como único sinal do “Batismo no Espírito”, (se não falas em línguas, não és batizado!) é um entendimento errôneo, sem base bíblica. O principal texto usado para comprovar esta tese é o que descreve o Pentecostes, no entanto, as línguas ali faladas não foram estranhas ou de anjos, sim, idiomas regionais. O falar em línguas em algumas vidas realmente é a confirmação do enchimento com o Espírito, mas, não é possível generalizar.

     O Batismo do Espírito só é possível em vidas que cultivam a santidade(“Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.” 2 Co 7.1). A condição de santos é impostas a todos que querem viver na presença do Senhor, estes estão habilitados a receberem os dons reservados, não especificamente línguas. As vidas que produzem os frutos da carne (Gl 5.19-21), estão em pecado, afastadas de Deus e incapacitadas de serem usadas pelo Espírito Santos, se falam em línguas, profetizam, etc. provavelmente são movidas pelo espírito de engano.

a) Línguas: Sinal da graça de Deus (At 10.44 e 19.6)

     É possível contemplar a graça de Deus na vida do homem de diversas formas, quando vemos alguém dobrado diante do Trono louvando em línguas é maravilhoso, edifica a vida de todos e com certeza sobe como “aroma agradável” às narinas do Pai. O dom de línguas é a forma mais pura de louvor e adoração, pois, é o próprio Espírito que se apresenta diante do Eterno Rei.

b) Línguas: Não é o dom mais importante (1Co 12.4-11 e 1Co 14)
     Paulo, escrevendo aos de Corinto, afirma: “Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós.” Estas palavras testificam a profunda comunhão e intimidade com o Espírito, no entanto, ele não exaltou este dom, pelo contrário, procurou doutrinar a igreja no uso correto, afirmando que o falar em línguas é para edificação pessoal. A descrever os dons por importância, situou o de línguas entre os menores.
Não há motivos ou fundamentos para que esta realidade seja invertida em nossos dias.

c) Línguas: Não é sinal de Batismo (At 2.1-13 , 1 Co 14 e 1 Co 12.4-11)

     É comum entre os pentecostais a afirmação: Só é batizado no Espírito se falar em línguas!
Não há textos na Bíblia taxativos sobre esta questão, os usados para justificar esta tese não são suficientemente claros, a principal base para esta afirmação é o relato do Pentecostes (At 2.8-11), mas, se observado mais detidamente, conclui-se que não foram línguas estranhas ou de anjos, sim, idiomas, eram homens de diversas nações que encontravam-se reunidos ali.
Há no meio pentecostal, igrejas que exigem como prova ou confirmação do Batismo no Espírito, o falar em línguas, esta obrigação tem produzido situações constrangedoras em muitos.
Imagine: Uma vida santa, pura e reta, porém, não agraciado com o dom de línguas, sim com outro dom.
Será sempre visto como alguém que não tem verdadeiramente o Espírito.
Outra situação: Alguém que tenha uma vida fora dos padrões de Deus.
Levado pela sagacidade, decora algumas expressões e começa a repeti-las, provavelmente será visto por todos como cheio do Espírito, porém, o que opera em tais vida com certeza é o espírito de engano. Não esqueçam jamais, o Senhor não usa vasos quebrados ou imundos! É necessário viver em santidade, para ser instrumento do Senhor.

d) Línguas: Na igreja com ordem (1Co 14.27-33)

     As tradições existentes dentro das igrejas possuem profundas raízes, forte o suficiente para contestar os ensinamentos bíblicos. Com relação ao dom de línguas, vê-se que em muitos “arraiais” as orientações do Apostolo Paulo não são observadas corretamente. As tradições estão em primeiro lugar. Falar línguas não faz o homem santo como muitos pensam. Viver a Vontade de Deus, esta sim, faz o homem ser Santo. O uso do dom de línguas na igreja é objeto de extensa orientação, cuidadosamente descrita, exatamente para que os erros hoje comuns não prevalecessem. É preciso ler a Palavra e deixar que o Espírito de Deus a imprima no coração, como regra de fé e prática.

     Infelizmente, constata-se que a zelosa palavra do Apostolo não é observada como digna de crédito e uma espécie de desordem, toma lugar no culto.
É evidente que o culto deve ser alegre, expressão de amor e gratidão ao Eterno, mas, algumas determinações deixadas pelo próprio Deus não podem ser desconsideradas.
Vivemos os últimos tempos, são dias nos quais o Espírito está sendo derramado de uma forma jamais vista em toda a história da humanidade, mas, para tomar parte neste mover é preciso conhecer o Senhor. Santidade e pureza, são condições que habilita-nos a sermos instrumentos úteis nas mãos do Deus Vivo. Sejamos pois, santos!
O verdadeiro servo, o homem cheio do Espírito, deixa-se levar pelo mover real, procurando observar as determinações de Deus para o bom andamento da igreja.
Eu, creio e aceito os dons sem exceções. Inclusive, a igreja à qual sou membro, e totalmente direcionada pelo Espírito de Deus que através de seus profetas (usados em profecias, visão, sonhos, etc.) determina a forma do agir.




        Independente o falar ou não em Línguas Estranhas, o importante é estarmos na presença de Deus e acima de tudo, termos como habitante de nosso ser, o Espírito Santo de Deus.