terça-feira, 28 de agosto de 2012

DISCIPLINA NA IGREJA





Texto Aúreo: “E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido;" Hb 12.5

Nesta lição abordaremos um tema muito polêmico e complicado, onde muitos confundem a disciplina que nos é imposta por Deus a luz da bíblia, com regras humanas, não digo que bons costumes sejam maus, mas também que devemos examinar bem as escrituras para não incorrermos em erros ou também criar novos dogmas e assim distorcermos as verdades bíblicas e assim levar muitos a ventos de doutrinas e assim tirar muitos do caminho verdadeiro; então sejamos sábios e prudentes, além de tudo sermos disciplinados na palavra de Deus. 
Porém se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram os vossos pais que estavam além do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Js 24.15 

Disciplina 

s.f. O conjunto dos regulamentos destinados a manter a boa ordem em qualquer assembléia ou corporação; a boa ordem resultante da observância desses regulamentos. / Submissão ou respeito a um regulamento.

Disciplina é uma palavra que tem a mesma etimologia da palavra "discípulo", que significa "aquele que segue". Também é um dos nomes que se pode dar a qualquer área de conhecimento estudada e ministrada em um ambiente escolar ou acadêmico. Geralmente diz respeito a uma Ciência ou Técnica, ou subderivados destas. Aqueles que seguem uma disciplina podem assim ser chamados de discípulos. 

No campo militar, por exemplo, a disciplina é considerada uma qualidade a ser perseguida pelos soldados, com o objetivo de torná-los aptos a não se desviarem de uma conduta padrão, desejável para o bem comum da tropa, mesmo em situações de pressão extrema. “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.” II Tm 2.3 

Há alguns tipos de disciplina mencionados na Bíblia: 

Disciplina Divina - onde Deus mesmo corrige os Seus filhos pessoalmente (At 5.1-11). 

Disciplina Própria - onde nós mesmos corrigimos as nossas atitudes erradas (1 Co 11.31) 

Disciplina no Lar - onde os pais corrigem seus filhos (Ef 6.4). Além destas, muitas vezes há a necessidade de disciplina na igreja. 

Disciplina na Igreja - A igreja tem autoridade, dada por Deus, para disciplinar (Mt 16.19; 18.18). A autoridade na disciplina nunca vem daquele que a aplica, mas daquele que a ordenou, ou seja, o Cabeça e Senhor da Igreja, Cristo (Ef 1.22-23). A igreja local aplica a disciplina em nome de Deus. A pergunta a ser feita não é “com que direito a igreja disciplina?”, mas: “Com que direito um membro da Igreja do Cordeiro profana o sangue da aliança e ultraja o Espírito da graça?” (Hb 10.29). Nenhum direito nos é dado, mas sim a responsabilidade de amar o pecador e vigiar para que também não caiamos (1 Co 10.12). 

Os propósitos da disciplina são: 

1. MANTER A REPUTAÇÃO DE DEUS (Rm 2.23,24) - Deus é santo e exige que o seu povo também o seja e que haja santidade na sua congregação (Dt 7.6; 28.9; 23.14). O céu é santo (Sl 20.6), o Nome de Deus é santo (Sl 30.4), o trono de Deus é santo (Sl 47.8), o homem de Deus é santo (Sl 106.16), o caminho de Deus é santo (Is 35.8), os mandamentos de Deus são santos (Rm 7.12), o temor a Deus é santo (Hb 12.28), os anjos são santos (At 10.22), JESUS é Santo ( Mc 1.24), O Espírito é Santo (Lc 3.22) e Ele nos ordena que sejamos santos (1 Pe 1.15,16; Ap 22.11). 

2. PROTEGER A PUREZA MORAL E A INTEGRIDADE DOUTRINÁRIA DA IGREJA (1 Co 5.6,7; 2 Jo 7-11; 1 Tm 1.13) - A igreja não pode tolerar o pecado (Ap 2.20). Se Cristo deseja sua igreja “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.27), a disciplina eclesiástica é altamente relevante, pois é um meio instituído por Deus para manter pura a sua igreja. O servo de Deus sempre deve almejar a pureza da noiva do Cordeiro (2 Co 11.1-3), mesmo diante da possibilidade da sua contaminação pelo mundo. 

3. SALVAR A ALMA DO CRENTE E RESTAURÁ-LO À COMUNHÃO COM DEUS E COM A IGREJA (Mt 18.15; Tg 5.19,20; 2 Co 2.7,8; 10.8; Hb 12.6-11; 2 Ts 3.6-15; 2 Tm 2.22-26). 

4. DISSUADIR OUTROS A NÃO PECAREM, TEMENDO A DISCIPLINA (1 Tm 5.20; At 5.11). 

A disciplina não é obrigatoriamente sinônimo de exclusão; assim como o remédio para tratar um membro doente não é a amputação, senão em último recurso. Isto ocorre freqüentemente por falta de habilidade para tratar o caso e por falta de misericórdia por parte dos crentes. A disciplina tem o propósito de educar, corrigir, livrar do mau caminho (Pv 6.20,23; 5.22,23). 

O perigo da falta de disciplina 

Paulo, escrevendo à igreja da Corinto (1 Co 5.1-13), alerta para os perigos que sobrevêm quando se é negligente na aplicação da disciplina. 
1. O pecado na igreja entra em choque com o seu caráter santo, mas ele ocorre.

2. Muitos pecados atingem um estágio público e notório 

3. Acomodação e orgulho 

4. O perigo especificado 

5. As marcas da Igreja 

6. O esclarecimento quanto à associação 

7. A rigidez da disciplina 

8. O objetivo final 

A seguir temos este texto que ilustra bem a disciplina veja:

OS QUATRO NÍVEIS DA DISCIPLINA NA IGREJA

Jesus foi quem primeiro falou de disciplina no Novo Testamento:

“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada.E se não ouvir, dize-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano”. - Mateus 18:15-17

Há quatro níveis distintos no processo de disciplina que o Senhor ensinou:

1. Repreensão pessoal;

2. Repreensão com testemunhas;

3. Repreensão pública;

4. Exclusão.

Não praticamos a disciplina quando a pessoa se arrepende, mas sim quando ela se recusa a arrepender-se. E neste caso, dentro de uma progressividade; com a repreensão pessoal primeiro, a com testemunhas em segundo, a diante da igreja em terceiro e só então a exclusão em quarto lugar. 

Não podemos excluir alguém sem ter dado antes estes passos. Porém, alguém pode não querer receber os primeiros níveis da repreensão fugindo deles; neste caso, constatada a indiferença e relutância da pessoa, passamos então ao quarto nível, subentendendo terem sido os outros insuficientes ou impraticáveis.

Quando a repreensão se torna pública, ainda que seguida de arrependimento, e a pessoa em questão é um líder, a disciplina se manifestará afastando a pessoa de sua posição de liderança até comprovada restauração.

REPREENSÃO PESSOAL

Vários textos bíblicos falam sobre a necessidade de repreensão. E não são necessariamente ligados ao presbitério, pois no corpo de Cristo ministramos uns aos outros. Neste nível se enquadram os líderes de célula e todos que exercem cuidado por outras pessoas no Corpo. Veja alguns deles:

“Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos…” - I Tessalonicenses 5:14

“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais vedes que aquele dia se aproxima”. - Hebreus 10:25

“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade”. - II Timóteo 2:24,25

Note que corrigir não significa contender, mas demonstrar cuidado com mansidão. Quando porém, a situação se agrava, é necessário que o governo da Igreja (os presbíteros) assuma a situação, que pode ser delicada e necessitar que a autoridade espiritual seja imposta, como Paulo fez com os coríntios (II Co.13:2 e 10).

REPREENSÃO COM TESTEMUNHAS

Além da instrução do Senhor Jesus, não encontramos outro texto que fale com clareza sobre este nível de disciplina, mas ele é muito eficaz por tirar a situação do aspecto pessoal e colocá-la num patamar de formalidade. E se as pessoas escolhidas para acompanharem a repreensão forem pacificadoras, serão de grande proveito para promoverem o arrependimento com argumentação mansa e amorosa.

Em caso de resistência da pessoa que está sendo repreendida, ela deve ser avisada que assim como o segundo nível de repreensão não foi aceito, será necessário o terceiro num culto público, e que permanecendo ainda inflexível ela chegará ao quarto nível: a exclusão.

REPREENSÃO PÚBLICA

Ao dizer que levasse a repreensão para o terceiro nível, à Igreja, Jesus não se referia a tratar a questão na Igreja (templo) ou com os líderes da Igreja, como alguns gostariam que fosse. Na verdade, Ele se referia a tratar a questão em público. Paulo também falou sobre este princípio ao escrever para seu discípulo Timóteo:

“Quanto aos que vivem no pecado, reprende-os na presença de todos, para que também os demais temam”. - I Timóteo 5:20

E a razão para isto é clara: “Para que outros tenham temor”. Toda a Igreja precisa ser ensinada sobre a disciplina cristã e vê-la funcionando quando necessário. Somos um corpo no Senhor; o pecado contínuo de alguém prejudicará a todos. O único meio de evitar isto é cortando a raiz do pecado com arrependimento ou cortando a pessoa (quando ela não quer se arrepender) da comunhão do corpo. Diante da Igreja ela será obrigada a optar entre um ou outro.

A EXCLUSÃO

Na Igreja de Corinto, alguém chegou ao ponto de se envolver sexualmente com a madrasta (I Co. 5:1). Tão logo isto chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, ele ordenou: “Tirai do meio de vós a esse iníquo”. Antes, contudo, deixou claro em que condições isto deve acontecer:

“Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me com isto não propriamente aos impuros deste mundo, ou avarentos, ou roubadores, ou idólatras, pois neste caso teríeis que sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. EXPULSAI, pois, de entre vós o malfeitor”. - I Coríntios 5:9-13

Observe o detalhe que Paulo inseriu ao falar do pecador: “dizendo-se irmão”. Isto se refere a quem quer se parecer irmão sem o ser; não fala de uma queda ou tropeço espiritual, mas de uma prática continuada nestes pecados.

Excluir não significa proibir a pessoa de colocar o pé na Igreja, mas sim deixar de reconhecê-la como parte do corpo, e isto envolve deixar de se relacionar (Tt.3:10,11), de ter comunhão com a pessoa. Isto fica claro quando o apóstolo diz: “com o tal nem ainda comais”. Paulo explica melhor esta distinção na sua carta aos tessalonicenses:

“Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão”. - II Tessalonicenses 3:14,15

Este princípio já havia sido estabelecido desde o Velho Testamento, onde havia vários motivos pré-estabelecidos para exclusão. O motivo é poupar o corpo de prejuízos espirituais, e não tentar manter um controle sobre as pessoas. Os casos não manifestos não chegam a ser tratados na Igreja, só os que chegam a ser conhecidos.

Autor: Luciano P. Subirá Via:http://ensinodominicalbetel.blogspot.com

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PREVENINDO O DIVÓRCIO ANTES DO CASAMENTO



O divórcio prevalece na nossa sociedade permissiva. Muitas pessoas hoje entram no casamento não esperando que ele dure. Dizem: "Sim" até que eles achem que dá para se saírem melhor.

Contudo, o divórcio não faz parte do ideal de Deus para o casamento das pessoas. Deus disse que "odeia o repúdio" (Malaquias 2:16). Referindo-se ao divórcio e ao primeiro casamento em Éden, Jesus disse: "Não foi assim desde o princípio" (Mateus 19:8). Já que não havia mais ninguém no Éden, Adão e Eva tinham que fazer com que seu casamento desse certo. O divórcio é o fracasso de um relacionamento que é prometido diante de Deus, até que a morte os separe. Deus julgará "pérfidos" (Romanos 1:31) e "adúlteros" (Hebreus 13:4).

Do lado positivo, um casamento bem-sucedido é uma coisa boa (Provérbios 18:22) e "digno de honra" (Hebreus 13:4). O casamento é tão antigo quanto o homem, instituído no sexto dia da criação (Gênesis 1:26-31; 2:18-25). O sucesso no casamento não é simplesmente encontrar a pessoa certa; é também ser o tipo certo de pessoa! Um casamento bem-sucedido é o equivalente a receber seu doutorado em relações humanas.

Perguntas bases para o namoro

Lembre-se, você não irá casar com uma pessoa sem primeiro namorar com ela! Um bom namoro constrói o alicerce para um bom casamento.

Pense nas seguintes perguntas bases para o namoro. Um bom casamento não é só um negócio do coração, mas é utilizar a massa cinzenta dada por Deus para fazer decisões lógicas baseadas no pensamento racional. "O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos" (Provérbios 14:15). Um bom senso comum nunca fez mal a ninguém. Vai ajudar a todos a encontrarem um par para toda a vida. As seguintes bases podem te poupar tristeza futuramente e, ultimamente, a sua alma.

Leva tempo conhecer bem alguém. Alguém que se apaixonou à primeira vista mais tarde gostaria que tivesse olhado uma segunda vez! "Não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira" (Cântico dos Cânticos 2:7). O amor verdadeiro, que dura para toda a vida, não pode ser apressado. Você pode estar apaixonado, não pela pessoa que você mal conhece, mas pela ideia de estar apaixonado.

Alguns acham que não ser casado é tão ruim que estão desesperados para se casarem. Porém, ser casado com a pessoa errada é pior do que não ser casado. "O sofrimento matrimonial se tornou o maior problema da saúde mental neste país" (Reader's Digest, Novembro 1986, EUA). Seu par pode te completar ou te quebrar. A influência das mulheres pagãs de Salomão desviou o seu coração de Deus (1 Reis 11:3).

A pessoa é cristã? Tenha como alvo casar com um cristão. Assim, ambos terão o mesmo objetivo de agradar a Deus e ir para o céu. O casamento é um triângulo sagrado, uma aliança sagrada entre um homem e uma mulher feita diante de Deus (Provérbios 2:17; Mateus 19:5-6).

"Quanto mais um homem e a sua mulher se aproximam de Cristo, mais claro se torna para eles a importância de ficarem perto um do outro" (R. B. Dobbins). Têm-se observado que o casamento é um compromisso perfeito de amar uma pessoa imperfeita. "As muitas águas não poderiam apagar o amor" (Cântico dos Cânticos 8:7). Aprender sobre o amor de Deus pode ajudar o cristão a se tornar mais amoroso para com o seu cônjuge (1 Coríntios 13:4-8).

Casar-se por razões principalmente superficiais, como meras aparências físicas, é como comprar um carro por estar bem-pintado. Uma boa pintura é ótima, mas se não há uma qualidade confiável debaixo do capô, você não vai a lugar nenhum. Assim é também no casamento. A beleza é realmente mais profunda que a pele. O amor é mais que sexo. O caráter conta! "Não case com a pessoa que você poderia meramente aguentar. Case com aquela que você não pode viver sem!" (James Dobson).

Como os pais do seu pretendente se tratam? Lembre-se de que eles têm sido o modelo dele(a) há muitos anos. "O comportamento corre em canais profundos que foram cortados cedo na infância, e é muito difícil mudá-los" (James Dobson). O comportamento dos pais dele(a) podem indicar como você poderia ser tratado mais para frente.

O seu pretendente se importa de verdade com suas necessidades e seus sentimentos pessoais? O pecado do egoísmo tem destruído muitos casamentos. O amor como o de Cristo põe o bem-estar dos outros em primeiro lugar (Efésios 5:28-29). Isto se mostra em pequenos atos diários de bondade. Se não te tratar com consideração enquanto tenta ganhar o seu coração, como que você pode racionalmente esperar que ele o faça depois de se casar?

O seu pretendente fala a verdade? O casamento se baseia na confiança. Você tem de poder confiar na palavra dele e na fidelidade dele a você. Senão, dúvidas e decepções irão praguejar o seu relacionamento. É honesto e aberto com você? Muitas vezes o namoro é uma época para esconder as falhas, enquanto cada um mostra o seu melhor lado.

Sabe administrar dinheiro? Um jovem que não lida bem com suas finanças enquanto solteiro, não mudará de repente da noite para o dia. Problemas financeiros, causados pelo impulso de gastar mais do que ganha, arruínam muitos casamentos.

Consegue manter um emprego? Um bom histórico de trabalho é uma boa avaliação da habilidade dele(a) de ser responsável e lidar bem com os outros. Tome cuidado com o fracasso aqui, que pode indicar um caráter não-confiável escondido.

São capazes de pedir desculpas de coração? Um casamento bem-sucedido vem de ambos os cônjuges estarem comprometidos em admitirem as suas falhas e mudar o que for preciso. "Um bom casamento é a união de duas pessoas que sabem bem como perdoar" (R. B. Graham). Aprenda como fazer as pazes. Alguém escreveu:

Para manter um casamento transbordando

De carinho no copo de amor,

Quando estiver errado, admite o erro.

Quando estiver certo, fique calado!

Sabem elogiar? Os melhores casamentos ocorrem quando o marido "honra" a esposa e ela "respeita" o seu marido (1 Pedro 3:7; Efésios 5:33). Em Cântico dos Cânticos, leia como tanto Salomão quanto a sua noiva sulamita constroem a auto-estima um do outro pelos elogios sinceros. Isto evita que um se aproveite do outro.

São flexíveis? O casamento é aprender a dar e receber. Enquanto Salomão namorava com a moça sulamita, ela disse: "Apanhai-me...as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor" (Cântico dos Cânticos 2:15). O seu amor estava florescendo no namoro. As raposinhas de problemas mal-resolvidos poderiam, de maneira figurada, comerem as raízes cada vez mais profundas do seu relacionamento. Ela queria resolver estes insistentes probleminhas antes que se tornassem problemões.

"Se apaixonar pode ser fácil; crescer no amor é algo que tem que ser feito com determinação como também a imaginação" (Lesley Barfoot). Rigidez desnecessária no casamento é mais uma receita para causar raiva no outro. Cada um tem que aprender como ajudar ao outro pacientemente. Um evangelista sugeriu um exercício para antes do casamento de colocarem papel de parede. É uma tarefa complicada que exige trabalho em equipe. O casamento é arte de compromissos mútuos. Os ajustes têm que ser feitos na estrada da vida.

Você se comunica bem? A boa comunicação é uma chave vital para um casamento duradouro e satisfatório. Embeleza e enriquece um relacionamento. "Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo" (Provérbios 25:11). A raiva abafada e o tratamento do silêncio nada resolvem. Cada um de vocês conseguem expressar os seus sentimentos e preocupações honestas sem nenhum dos dois explodirem? Ambos conseguem escutar ao outro, se identificando com os sentimentos que estão atrás das palavras? A comunicação construtiva pode resolver problemas que estão começando, como também guiar o relacionamento a intimidade mais profunda. Todos nós ansiamos por alguém para quem podemos contar tudo mesmo, sem o medo de rejeição ou humilhação.

Lembre-se, a decisão que você toma de para quem entregará a sua vida no casamento é uma das mais sérias e importantes que tomará na vida. Tome a decisão certa!



Fonte: W. Frank Walton em Estudos da Bíblia

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

IGREJA PRIMITIVA X IGREJA MODERNA (PARTE 3)



A palavra igreja vem do grego ekklesia, que tem origem em kaleo ("chamo ou convosco"). Na literatura secular, ekklesia referia-se a uma assembléia de pessoas, mas no Novo Testamento a palavra tem sentido mais especializado.

A literatura secular podia usar a apalavra ekklesia para denotar um levante, um comício, uma orgia ou uma reunião para qualquer outra finalidade. Mas o Novo Testamento emprega ekklesia com referência à reunião de crentes cristãos para adorar a Cristo. 

A igreja  primitiva surgiu no cruzamento das culturas hebraicas e helenística e podemos situá-la entre os anos de 90 a 199 d.C.

O apóstolo João estava vivo ao princípio desta época. Nesta primeira geração de primeiros cristãos, havia gente que tinha conhecido pessoalmente a algum dos apóstolos. Tinham recebido instrução deles.

Policarpo serve como exemplo de tais pessoas. O foi instruído pelo apóstolo João. Esta época terminou com um homem que foi ensinado por Policarpo: Irineu. Assim tinha um só elo humano entre ele e os apóstolos.

Os primeiros cristãos se governavam por fundamentos e valores muito diferentes de seus vizinhos. Recusavam as diversões do mundo, sua honra, e suas riquezas. Já pertenciam a outro reino, e escutavam a voz de outro Senhor. Observamos isto na igreja do segundo século tanto como na do primeiro século.

Os apóstolos da Igreja Primitiva obedeceram ao mandamento de Cristo: “Pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15). 

Analisando as palavras de BERCOT, 1989 observamos que nem todo o mundo se converteu, mas de acordo com o testemunho de alguns de seus inimigos, os discípulos foram culpados de perturbar o mundo inteiro. Em pouco tempo eles já haviam se convertido na luz do mundo; não a luz que se põe debaixo de uma cama, mas naquela que se põe num castiçal. Eles eram como uma cidade assentada sobre um monte que não pode ficar escondida.

Milhares e milhares de pessoas aderiram à igreja. Isto significa muito mais do que adicionar nomes a lista de membros.

Toda a vida das pessoas era transformada completamente. Os demônios eram lançados fora. Seus corações eram inundados pelo amor de Cristo e todos os que o rodeavam, se beneficiavam com as conseqüências de uma vida abençoada por Deus.

A obra de um autor desconhecido, escrito por volta do ano 130, descreve os primeiros cristãos aos romanos da seguinte maneira:

Ainda segundo BERCOT, 1989, os discípulos viviam em seus diferentes países, mas sempre como peregrinos… Estavam na carne, mas não viviam segundo a carne. Passavam seus dias no mundo, mas eram cidadãos do céu. Obedeciam as leis civis, mas ao mesmo tempo, suas vidas superavam a essas leis. Eles amavam a todos os homens, mas eram perseguidos por todos. Eram desconhecidos e condenados. Eram levados à morte, mas [serão]restaurados à vida. Eram pobres, mas enriqueciam a muitos. Possuiam pouco, mas abundavam em tudo. Eram desonrados, mas em sua desonra eram glorificados… E aqueles que os aborreciam não podiam dar razão por seu ódio.

Já que o mundo não era seu lar, os primeiros cristãos podiam dizer sem reserva alguma, como Paulo, “o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Filipenses 1.21).

Justino explicou aos romanos “Já que não fixamos nossos pensamentos no presente não nos preocupamos quando os homens nos levam à morte. De todos os modos, o morrer é uma dívida que todos temos que pagar.”

Para que não pensemos que os cristãos descreviam uma vida que em realidade não levavam, existe um depoimento dos mesmos romanos desta época. Um inimigo pagão dos primeiros cristãos escreveu sobre o assunto e em cima dos escritos de BERCOT, 1989 podemos citar de acordo com o pensamento romano, que os cristãos menosprezam os templos como se fossem casas dos mortos. Recusavam os deuses. Riam de coisas sagradas da idolatria. Ainda que pobres eles mesmos, sentiam compaixão dos seus sacerdotes. Ainda que meio nus, desprezavam a honra e as túnicas de púrpura. Não temiam as tormentas presentes, mas temiam as que por ventura vingariam no futuro. E ainda que não temessem em nada, morrer agora, temiam uma morte depois da morte. Segundo ainda os romanos, a maioria estava em necessidade, suportando frio e fome, e trabalhando em trabalhos esgotantes. Mas seu deus o permitia. Ou ele não queria ajudar a seu povo, ou ele não podia ajudá-los. Por tanto, ou ele era deus débil, ou era injusto. Para eles não havia senão ameaças, castigos, torturas, e cruzes. Onde estaria seu deus que os prometeu ajudar depois de ressuscitar de entre os mortos? E os romanos, sem a ajuda do deus dos cristãos, governam todo mundo, inclusive a eles também, e desfrutavam os bens de todo mundo. Enquanto, os cristãos viviam em incerteza e ansiedades, abstendo-se ainda dos prazeres decentes.

Continuando ainda no pensamento romano, os cristãos não assistiam aos jogos desportivos. Não tinham nenhum interesse nas diversões. Recusavam os banquetes, e aborreciam os jogos sagrados. Assim, pobres que eram, não ressuscitariam de entre os mortos nem desfrutariam da vida agora. 

(SÍNTESE DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO SUPERIOR EM TEOLOGIA)


Pr. José Augusto Pereira Rabello

terça-feira, 14 de agosto de 2012

IGREJA PRIMITIVA X IGREJA MODERNA (PARTE 2)



No começo de seu ministério, Jesus escolheu doze homens que o acompanhassem em suas viagens. Esses homens teriam uma importante responsabilidade: continuariam representá-lo depois de haver ele voltado para o céu. A reputação deles continuaria a influenciar a igreja muito depois de haverem morrido.

A maioria dos apóstolos era da região de Carfanaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o centro de uma parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como “Galiléia dos gentios”. Não obstante, Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta vozes capazes de transmitir com clareza a Sua mensagem de salvação. O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do senhorio de Jesus.

A Era Apostólica inicia-se, de uma maneira geral, com Jesus entregando a um grupo de doze homens, a tarefa de executar a sua obra e propagar o evangelho a todo o mundo.

Homens que não eram pessoas importantes, nem bem instruídas, e também que não tinham pessoas influentes atrás de si, se propuseram a levar adiante o propósito de Cristo.

“Eles não eram ninguém em seu país, e, de qualquer forma, seu país não passava de uma província de segunda classe na extremidade oriental do mapa de romano”. (GREEN, 1989, p.11)

Jesus não se importava com o status social, ou com qualquer outro tipo de mecanismo que viesse a discriminar alguém. Muito ao contrário, Ele separou diversas personalidades marcantes, que no Seu infinito entendimento seriam as pessoas certas para o que pretendia.



Ao confiar a “grande missão” aos seus seguidores, Jesus foi muito claro: eles deviam fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.19), ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16.15), pregar arrependimento para remissão de pecados a todas as nações do mundo (Lc 24.47), ser suas testemunhas em Jerusalém, na Judéia e Samaria, e até aos confins da terra (At 1.8). (MATOS, 2005, p.141)


O Batismo de Jesus no rio Jordão, foi o sinal para Ele iniciar seu ministério. Assim, também, a Igreja precisava de um batismo que a preparasse a cumprir um ministério de alcance mundial. Não seria o ministério de criar uma nova ordem e, sim, de proclamar aquilo que Cristo já havia realizado.

Quarenta dias depois de sua ressurreição, Jesus deu instruções finais aos discípulos e ascendeu ao céu (At 1.1-11). Os discípulos voltaram a Jerusalém e se recolheram durante alguns dias para jejum e oração, aguardando o Espírito Santo, o qual Jesus disse que viria.

Cerca de 120 pessoas seguidoras de Jesus aguardavam.  Cinqüenta dias após a Páscoa, no dia de Pentecoste, um som como um vento impetuoso encheu a casa onde o grupo se reunia.

Línguas de fogo pousaram sobre cada um deles e começaram a falar em línguas diferentes da sua conforme o Espírito Santo os capacitava. Os visitantes estrangeiros ficaram surpresos ao ouvir os discípulos falando em suas próprias línguas. Alguns zombaram, dizendo que deviam estar embriagados (At 2.13). Mas Pedro fez calar a multidão e explicou que estavam dando testemunho do derramamento do Espírito Santo predito pelos profetas do Antigo Testamento (At 2.16-21; Jl 2.28-32). Alguns dos observadores estrangeiros perguntaram o que deviam fazer para receber o Espírito Santo. Pedro disse: " Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo " (At 2.38). Cerca de 3 mil pessoas aceitaram a Cristo como seu Salvador naquele dia (Atos 2.41).

O Pentecostes foi a evidência da glorificação de Cristo. A descida do Espírito Santo era como um “telegrama” sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão direita de Deus. Também testemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no Céu. Havia chegado a hora de proclamar sua obra consumada.

O Pentecostes era a habitação do Espírito no meio da Igreja. Após a organização de Israel, no Sinai, o Senhor veio morar no seu meio, sendo sua presença localizada no Tabernáculo. No dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio habitar na Igreja, a fim de administrar, dali, os assuntos de Cristo. (PEARKMAN, 2009, p.17)


Assim iniciou-se uma era, onde apóstolos, discípulos e seguidores encontravam-se ansiosos e inspirados para contribuir de alguma forma para o crescimento e propagação do Evangelho de Cristo.

É importante salientarmos, que os seguidores de Jesus enfrentaram muitas dificuldades no processo de divulgação de Seu Evangelho. Talvez, se eles tivessem parado para avaliar as chances reais de sucesso para esta missão, mesmo estando cientes de que o Espírito Santo os acompanhava, eles teriam desanimado e quem sabe, desistido. Mesmo assim, eles continuaram e conseguiram.

É quase impossível exagerar os obstáculos que estavam por vir. No entanto, é igualmente verdade, que provavelmente nenhum período da história do mundo, estava melhor preparado para receber a jovem igreja, com oportunidades enormes para espalhar e compreender a fé, em um império literalmente mundial. (GREEN, 1989, p.11)


(SÍNTESE DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO SUPERIOR EM TEOLOGIA)


Pr. José Augusto Pereira Rabello

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

IGREJA PRIMITIVA X IGREJA MODERNA (PARTE 1)

Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores.

Mateus 7:15


A grande maioria dos Templos Religiosos, popularmente conhecidos como Igrejas, em uma visão atual e contemporânea, demonstram uma verdadeira falta de base espiritual e princípios bíblicos para cumprirem sua função básica de evangelização.

Observa-se que com o passar dos anos, o homem tendeu a modificar o sentido real da Igreja, para seus próprios fins, sendo assim importante, que seja realizada uma busca no seu passado, nos primórdios de sua fundação, com o intuito de trazer à tona a verdadeira Natureza Espiritual da Igreja.

A teologia é base científica para muitos estudiosos da Palavra de Deus. Quando a Natureza Espiritual da Igreja é colocada em praxe, propicia um meio para que estes estudiosos se qualifiquem de uma forma mais Espiritual, não tendendo apenas para uma mera simplicidade intelectual.

Um estudo pormenorizado e focado no tema em lide fará com que o homem tenda a se tornar mais introspectivo, no sentido real da palavra, e acima de tudo mais temente a Deus, quando se deparar com verdades absolutas e primordiais que estão contidas na Palavra de Deus, onde muitas das vezes passam despercebidas.

Em minha busca incessante de conhecimento, mas acima de tudo, com uma observância dos princípios espirituais existentes, observei que a Igreja como é vista nos tempos atuais, muito se difere da Igreja proposta pelo Senhor Jesus Cristo a qual foi passada aos seus discípulos e apóstolos.

A Igreja Monumento que jaz pelo mundo afora, tornou-se um modelo distorcido do verdadeiro propósito de que Jesus dera a sua Igreja.

Sendo assim, considerei prudente e imperioso que se discutisse esse assunto mais profundamente, fazendo que os futuros leitores possam interiorizar esses princípios que serão discutidos posteriormente.

O cerne central deste estudo é averiguarmos como a Igreja, que Jesus Cristo nos deixou como herança, está sendo tratada nos dias de hoje. Sabermos ainda, porque o homem tende a uma postura egoísta, egocêntrica e principalmente, deixando o teocentrismo de lado e colocando em primeiro plano, o antropocentrismo. Ainda, deixarmos claro o verdadeiro sentido de IGREJA, e a verdadeira definição que Jesus Cristo deu a esta pequena palavra.

O objetivo central é trazer a tona o que já não mais vemos ou sentimos nos dias atuais, que é a verdadeira Vontade Divina.

Minha preocupação nos leva ainda a um panorama mais pormenorizado, onde o ser humano é o coadjuvante de toda esta história.

Sabermos por que o homem, apesar de muitas vezes conhecer a Palavra do Senhor Jesus, tem uma vida tão sofrida, sem vitórias, derrotada, com uma família em frangalhos, fora do evangelho, destruída por Satanás. Sabermos quais conseqüências ou ramificações que o emprego incorreto do que é verdadeiramente IGREJA pode acarretar na vida humana.

Jesus é Pedra Fundamental da Igreja. Não adianta de nada, o homem tentar por sua vontade própria, fazer da Igreja algo que lhe convém, pois não estará no propósito de seu Senhor, Jesus Cristo.

Enquanto o homem se colocar no centro do universo, inserindo-se nitidamente contra os propósitos de Deus, de nada servirá os anos dedicados, supostamente e enganosamente, ao que ele denomina de servir a Deus.

Quando o homem perceber que a IGREJA que Jesus Cristo nos deixou não se baseia apenas em um edifício feito por mãos humanas, mas sim, um TEMPLO que está dentro de cada um de nós, neste momento o verdadeiro sentido de nossa existência surgirá como um ponto de luz, em meio às trevas.

A aplicabilidade incorreta do real significado de IGREJA trouxe ao homem, nada mais nada menos que tristeza e sofrimento. Não quero dizer com isso, que o homem não sofrerá jamais, pois iríamos de encontro a Palavra de Deus, pois a mesma afirma em salmos 34:19a, que muitas são as aflições dos justos.

No entanto, se o homem procurar interiorizar melhor o real sentido de tudo que Jesus deixou como legado, a sua vida poderá ser muito melhor, pois no mesmo salmo acima citado, em sua parte b, o salmista completa dizendo que o Senhor livraria o homem, de todas as suas aflições.

Em João 16:33 em sua parte b, Jesus é claro quando diz que no mundo teríamos aflições, mas que tivéssemos bom ânimo, pois Ele venceu a cruz. Maior e melhor, comprovação de amor divino não se acha no mundo.

Enfim, o homem precisa aprender a aprender. O homem necessita ter Jesus Cristo em seu TEMPLO INTERIOR. Somente assim, sua vida poderá ser mais bem vivida, enquanto nesta terra ainda viver.


(SÍNTESE DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO SUPERIOR EM TEOLOGIA)

Pr. José Augusto Pereira Rabello

sábado, 4 de agosto de 2012

A LEI DO RETORNO


"Quem faz uma cova, nela cairá; se alguém rola uma pedra, esta rolará de volta sobre ele"

Provérbios 26:27

Existe uma lei no universo, a qual nem eu, nem você poderá escapar. A esta lei, os estudiosos no assunto deram o nome de "Lei de Causa e Efeito" ou ainda, "Lei do Retorno".

     Salomão, em sua eterna sabedoria, quando escreve em Provérbios o versículo acima mencionado, já tinha em sua mente e coração, o conhecimento de que tudo aquilo que o homem faz a seu próximo, retorna a ele em algum momento de sua vida.

     É muito claro, quando nos ensina que ao cavarmos uma cova, nela cairemos. E importante aqui observarmos que somente cavamos uma cova, para que alguém ali se coloque. Quando fala-se em cavar uma cova neste versículo, dá-se a entender que aquela pessoa que o faz está preparando uma armadilha para outra, ou mesmo, que está maquinando o mal para alguém.

     Logo em seguida, no versículo abordado, Salomão nos diz que aquele que cava, nela cairá. Indica assim que o que prepararmos de mal ao próximo, este mesmo mal sobrevirá a nós.

     Não satisfeito com a abordagem clara da primeira parte do versículo, Salomão ainda completa-o nos dizendo que aquele que rolar uma pedra, esta pedra rolará de volta para ele. 

   De compreensão muito parecida com a anterior abordada, verificamos novamente Salomão nos orientando sobre nosso proceder e no que as atitudes que tomamos em nossas vidas, podem contribuir para o nosso próprio cadafalso.

      Que nós possamos aprender a cada dia mais, os grandes ensinamentos que a Palavra de Deus tem a nos  proporcionar. 

     Que possamos guardar em nosso coração, que tudo aquilo que fizermos ao próximo, seja por meio de pensamentos, palavras ou ações, será redirecionado à nossa vida. Sendo assim, se queremos ter paz e amor em nossas vidas, que possamos plantar sentimentos de paz e amor. E assim acontece para tudo em nosso viver.

     Se analisarmos a figura que coloquei no início deste texto, onde aparece ondas em um lago, poderemos observar que ensinamento fantástico adquirimos com a leitura da Palavra de Deus. Pois através de seus ensinamentos, podemos trazer à realidade o que nos é ensinado e assim podermos realizar comparações com o nosso dia a dia.

     No caso da ilustração, quando nos aproximamos de um lago por exemplo, e jogamos uma pedra, por mais longe que esta pedra possa ser jogada, podemos observar que as ondas formadas pela ação, se propagam sincronizadamente.

     Desta ilustração podemos tirar dois ensinamentos finais... O primeiro é que por menos que seja nossa ação, ela causará repercussões que não podemos prever. Podendo estas repercussões serem boas ou ruins, dependendo da ação originada. O segundo é que por mais longe que estejamos do centro da ação, as consequências tomam um rumo que de uma forma ou outra, seja imediatamente ou tempos depois, chegarão até nós.

     Sendo assim, não atire pedras no lago da sua vida.... atire sim palavras de amor.... sentimentos de carinho.... gestos de gratidão... e principalmente, tenha o Espírito Santo de Deus como ocupante fixo e eterno de sua vida.

Pr. José Augusto Pereira Rabello