terça-feira, 14 de agosto de 2012

IGREJA PRIMITIVA X IGREJA MODERNA (PARTE 2)



No começo de seu ministério, Jesus escolheu doze homens que o acompanhassem em suas viagens. Esses homens teriam uma importante responsabilidade: continuariam representá-lo depois de haver ele voltado para o céu. A reputação deles continuaria a influenciar a igreja muito depois de haverem morrido.

A maioria dos apóstolos era da região de Carfanaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o centro de uma parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como “Galiléia dos gentios”. Não obstante, Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta vozes capazes de transmitir com clareza a Sua mensagem de salvação. O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do senhorio de Jesus.

A Era Apostólica inicia-se, de uma maneira geral, com Jesus entregando a um grupo de doze homens, a tarefa de executar a sua obra e propagar o evangelho a todo o mundo.

Homens que não eram pessoas importantes, nem bem instruídas, e também que não tinham pessoas influentes atrás de si, se propuseram a levar adiante o propósito de Cristo.

“Eles não eram ninguém em seu país, e, de qualquer forma, seu país não passava de uma província de segunda classe na extremidade oriental do mapa de romano”. (GREEN, 1989, p.11)

Jesus não se importava com o status social, ou com qualquer outro tipo de mecanismo que viesse a discriminar alguém. Muito ao contrário, Ele separou diversas personalidades marcantes, que no Seu infinito entendimento seriam as pessoas certas para o que pretendia.



Ao confiar a “grande missão” aos seus seguidores, Jesus foi muito claro: eles deviam fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.19), ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16.15), pregar arrependimento para remissão de pecados a todas as nações do mundo (Lc 24.47), ser suas testemunhas em Jerusalém, na Judéia e Samaria, e até aos confins da terra (At 1.8). (MATOS, 2005, p.141)


O Batismo de Jesus no rio Jordão, foi o sinal para Ele iniciar seu ministério. Assim, também, a Igreja precisava de um batismo que a preparasse a cumprir um ministério de alcance mundial. Não seria o ministério de criar uma nova ordem e, sim, de proclamar aquilo que Cristo já havia realizado.

Quarenta dias depois de sua ressurreição, Jesus deu instruções finais aos discípulos e ascendeu ao céu (At 1.1-11). Os discípulos voltaram a Jerusalém e se recolheram durante alguns dias para jejum e oração, aguardando o Espírito Santo, o qual Jesus disse que viria.

Cerca de 120 pessoas seguidoras de Jesus aguardavam.  Cinqüenta dias após a Páscoa, no dia de Pentecoste, um som como um vento impetuoso encheu a casa onde o grupo se reunia.

Línguas de fogo pousaram sobre cada um deles e começaram a falar em línguas diferentes da sua conforme o Espírito Santo os capacitava. Os visitantes estrangeiros ficaram surpresos ao ouvir os discípulos falando em suas próprias línguas. Alguns zombaram, dizendo que deviam estar embriagados (At 2.13). Mas Pedro fez calar a multidão e explicou que estavam dando testemunho do derramamento do Espírito Santo predito pelos profetas do Antigo Testamento (At 2.16-21; Jl 2.28-32). Alguns dos observadores estrangeiros perguntaram o que deviam fazer para receber o Espírito Santo. Pedro disse: " Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo " (At 2.38). Cerca de 3 mil pessoas aceitaram a Cristo como seu Salvador naquele dia (Atos 2.41).

O Pentecostes foi a evidência da glorificação de Cristo. A descida do Espírito Santo era como um “telegrama” sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão direita de Deus. Também testemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no Céu. Havia chegado a hora de proclamar sua obra consumada.

O Pentecostes era a habitação do Espírito no meio da Igreja. Após a organização de Israel, no Sinai, o Senhor veio morar no seu meio, sendo sua presença localizada no Tabernáculo. No dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio habitar na Igreja, a fim de administrar, dali, os assuntos de Cristo. (PEARKMAN, 2009, p.17)


Assim iniciou-se uma era, onde apóstolos, discípulos e seguidores encontravam-se ansiosos e inspirados para contribuir de alguma forma para o crescimento e propagação do Evangelho de Cristo.

É importante salientarmos, que os seguidores de Jesus enfrentaram muitas dificuldades no processo de divulgação de Seu Evangelho. Talvez, se eles tivessem parado para avaliar as chances reais de sucesso para esta missão, mesmo estando cientes de que o Espírito Santo os acompanhava, eles teriam desanimado e quem sabe, desistido. Mesmo assim, eles continuaram e conseguiram.

É quase impossível exagerar os obstáculos que estavam por vir. No entanto, é igualmente verdade, que provavelmente nenhum período da história do mundo, estava melhor preparado para receber a jovem igreja, com oportunidades enormes para espalhar e compreender a fé, em um império literalmente mundial. (GREEN, 1989, p.11)


(SÍNTESE DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO SUPERIOR EM TEOLOGIA)


Pr. José Augusto Pereira Rabello

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui sua mensagem e fique com Jesus!