DÍZIMOS E OFERTAS EM UMA ABORDAGEM BÍBLICA

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uitas pessoas já me abordaram, fazendo-me uma pergunta sobre a questão dos Dízimos... Por que dar 10% do que ganha? Não poderia ser 5% ou um valor qualquer? Por que a Bíblia nos obriga da dar dinheiro para Igreja? Se eu dou dízimo, por que ainda dar ofertas? São estas e muitas perguntas e iremos aqui discutir, nesse tempo que temos juntos.

    

     

Dízimo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Dízimo significa a décima parte de algo, paga voluntariamente ou através de taxa ou imposto, normalmente para ajudar organizações religiosas judaicas e algumas denominações cristãs. Apesar de atualmente estar associada à religião, muitos reis na Antiguidade exigiam o dízimo de seus povos.

Etimologicamente dízimo (latim decimus), significa a décima parte de algo. Historicamente eram pagos na forma de bens, e encontra suas origens no Sacerdócio Levítico judaico (Lv 27, 30-34). Por ser Cristo sacerdote segundo a Ordem de Melquisedec, ab-rogou o sacerdócio levítico com todas as suas as leis, dízimos e costumes, conforme narra São Paulo na Carta endereçada aos Hebreus (Hebr 7, 1 - 28). Citando consecutivamente a questão do dízimo nos versículos precedentes, São Paulo arremata: "Com efeito, mudado que seja o sacerdócio, é necessário que se mude também a lei" (Hebr 7, 12). E ainda: "O mandamento precedente é, na verdade, ab-rogado pela sua fraqueza e inutilidade" (Hebr 7, 18).

Hoje, os dízimos cobrados por algumas denominações e seitas religiosas, são normalmente voluntários e pagos em dinheiro, cheque ou ações, enquanto historicamente eram pagos na forma de bens, como com produtos agrícolas. Alguns países europeus permitem com força de lei que instituições religiosas instituam o dízimo como obrigatório.

    Na definição etimológica da palavra dízimo, já encontramos alguma resposta para nossas dúvidas, ou seja, dízimo significa décima parte, ou como comumente dito, 10 por cento.

   Nós analisaremos alguns versículos que estão na Bíblia, os quais tratam do assunto... Verificaremos assim, o que nosso Deus quer nos passar quando institui o dízimo e a oferta como forma de Adoração e Lealdade.

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.”  Malaquias 3.10

     

      O versículo bíblico mais pregado nas denominações evangélicas está no livro de Malaquias. Em seu capítulo 3, no versículo 10, o autor deixa bem explícito em suas palavras que o cristão deve levar à casa do tesouro todos os dízimos. Observem que ainda explica o motivo pelo qual existe esta obrigação, ou seja, para que não falte mantimentos em casa. Em outras palavras, para que haja prosperidade em na vida do cristão. E ainda acrescenta, que aquele que for fiel poderá fazer prova de Deus, ou seja, aquele que cumprir com sua obrigação poderia "cobrar" de Deus que não houvesse nenhum tipo de dificuldade nesta área.

“Alguns dos chefes das casas paternas, vindo à casa do Senhor em Jerusalém, deram ofertas voluntárias para a casa de Deus, para a edificarem no seu lugar; conforme as suas posses, deram para a tesouraria da obra, em ouro sessenta e um mil dáricos, e em prata cinco mil minas, e cem vestes sacerdotais.” Esdras 2:68,69

     Em Esdras já encontramos base bíblica suficiente, para afirmarmos que as ofertas eram outra forma que os antigos usavam para agradar a Deus. É importante notarmos, que Esdras deixa no texto uma informação que nos traz alguma luz ao assunto, quando diz que as ofertas voluntárias serviam para edificação.

"Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho. O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta." Gênesis 4:4

"E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos. E Abrão lhe deu o dízimo de tudo." Gênesis 14:20

      Nos dois versículos acima colocados, ambos do livro de Gênesis, encontramos o dízimo e a oferta com símbolos de gratidão a Deus. Verificamos ainda com isso, que tanto um quanto o outro não foram instituídos ou colocados somente a partir de Moisés, como alguns afirmam, mas sim estavam presentes já nos primeiros homens existentes (Adão e Eva) e também no cotidiano dos Patriarcas. Moisés apenas deu continuidade a um preceito já existente no período patriarcal. Os preceitos mudam e até desaparecem, no entanto, os princípios são imutáveis e permanecem para toda a vida. De acordo com a Lei de Moisés, os dízimos eram usados para a manutenção do templo e também para o sustento dos levitas, tendo em vista que estes não tinham posses em Israel.

     Alguns estudiosos, que afirmam que os dízimos e ofertas eram pertencentes à Lei do Antigo Testamento, e que estes ordenamentos não aparecem mais depois da vinda de Cristo, não devem ter lido alguns versículos que estão explícitos no Novo Testamento. É visível, que Jesus quis deixar claro também no Novo Testamento, o princípio do Dízimo e das Ofertas como verificamos abaixo:

Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Mateus 23:23

     Em um análise mais minuciosa, podemos verificar que no Novo Testamento não existe nenhum Mandamento específico acerca da obrigatoriedade dos Dízimos e Ofertas. No entanto encontramos claramente, que todos os cristãos devem colabora e ajudar a Igreja. Paulo nos mostra no capítulo 8 e 9 da segunda carta aos Coríntios sobre a questão do recolhimento de ofertas. Você vai encontrar nestes textos, Paulo organizando uma coleta entre os membros da Igreja.

     Em 1 Timóteo 5:17,18 encontramos duas afirmações quanto a necessidade do dizimo e da oferta, quando Paulo fala dos duplos honorários devidos aos Presbíteros. Diz ainda que este trabalho é a pregação e o ensino e ainda que o obreiro merece o seu salário.

Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de duplos honorários, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino, pois a Escritura diz: Não amordace o boi enquanto está debulhando o cereal, e “o obreiro merece o seu salário”

     Importante comentarmos aqui, que como em alguns casos nos dias atuais, os obreiros, diáconos, presbitérios e pastores eram homens que viviam para a Obra de Deus. Não trabalhavam em outros setores e por isso dependiam do recebimento de recursos para sua manutenção. Sendo assim, a única forme de poderem se manter e ainda, realizarem as obras de expansão e manutenção dos templos, era através do recebimento de dízimos e ofertas.

       Enfim, verificamos ao longo deste pequeno estudo, que o dízimo e a oferta são ordenanças do Senhor seguindo dois princípios primordiais: O primeiro que seria a questão da obediência. E o segundo com forma de sustento e manutenção do Evangelho.

      Afirmo ainda aqui, que não é somente com dinheiro que devemos ofertar a Deus. Mas também, como o nosso tempo. Se formos analisar criticamente o princípio do Dízimo, verificaremos que temos a obrigação de retornar a Deus 10 % de tudo que recebemos. O que nós temos dado a Deus em troca pelo simples motivo de estarmos vivos? Estamos dando o dízimo de nosso tempo à Deus? Estamos orando e buscando Sua face diariamente? Pois pelo certo, deveríamos dar 2h40 minutos por dia a Deus. Afinal de contas, 10% das 24 horas que vivemos, temos a obrigação de dar à Deus com alegria no coração.

     Termino minhas palavras com um último versículo para meditação... Espero que este possa trazer algum entendimento sobre a forma que devemos retribuir a Deus tudo o que Ele nos deu, nos dá e sempre nos dará.

"Assim, achei necessário recomendar que os irmãos os visitem antes e concluam os preparativos para a contribuição que vocês prometeram. Então ela estará pronta como oferta generosa, e não como algo dado com avareza. Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra. Como está escrito: Distribuiu, deu os seus bens aos necessitados; a sua justiça dura para sempre. Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que come, também lhes suprirá e multiplicará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça. Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus."  2 Coríntios 9:5-11