quarta-feira, 26 de setembro de 2012

SERÁ QUE DEUS É BOM MESMO?





Por milhares de anos os judeus fizeram a seguinte oração: “Daí graças ao Senhor, pois ele é bom, porque o seu amor dura para sempre”. Eis uma oração excelente para a nossa reflexão, porque são exatamente as duas coisas de que mais duvidamos hoje. O Senhor é bom? O seu amor dura para sempre? Basta uma breve observação da historia ou um exame das manchetes de qualquer dia, e uma pessoa racional começa a duvidar dessas afirmações tão ousadas. Essas também são razões por que o Antigo testamento merece a nossa atenção, pois os judeus evidentemente duvidavam da oração própria que faziam. Porém, como é comum nos relacionamentos íntimos, levavam essas dúvidas à outra parte, ao próprio Deus, e recebiam resposta direta. 

Aprendemos no Antigo testamento como Deus age muito diferente do que poderíamos imaginar. Ele se move lentamente, de forma imprevisível e paradoxal. Os primeiros onze capítulos de Gênesis apresentam uma série de falhas humanas que questionam todo o projeto da criação de Deus. Como solução para essas falhas, Deus manifesta seu plano em Gênesis 12: lidar com o problema da humanidade estabelecendo uma família especial, uma tribo conhecida como os hebreus (mais tarde chamados judeus). Por intermédio deles, o útero da Encarnação, Deus trará restauração para toda a terra, voltando para o projeto inicial. 

Uma vez apresentado o plano, Deus continua a agir de forma muito misteriosa. Para fundar sua tribo, escolhe um pagão de região que hoje é o Iraque e o faz passar por uma série de testes, em muitos dos quais, Abraão não se sai bem. No Egito, por exemplo, ele demonstra uma moral inferior à dos adoradores do sol. 

Depois de prometer uma descendência numerosa como as estrelas do céu e a areia do mar, o que Deus faz é dar prosseguimento a uma “clínica de infertilidade”. Abraão e Sara esperam até os noventa anos para ver o primeiro filho; a nora deles, Rebeca, permanece estéril por muito tempo; o filho dela, Jacó, tem de esperar catorze anos pela esposa dos seus sonhos, para descobrir então que ela também é estéril. Três gerações de mulheres estéreis não parece ser uma maneira muito eficiente de constituir uma grande nação. 

Depois de fazer promessas semelhantes de uma terra especial (Abraão possuía somente um túmulo em Canaã), Deus faz os israelitas passarem por um desvio no Egito, onde eles apodrecem por quatro séculos até Moisés chegar para conduzi-los à terra prometida, peregrinação deplorável que leva quarenta anos em vez de duas semanas esperadas. Evidentemente Deus trabalha com um calendário diferente do usado por seres humanos impacientes. 

As surpresas continuam na era do Novo Testamento, pois nenhum dos orgulhosos mestres judeus reconhece Jesus de Nazaré como o Messias anunciado de forma triunfal nos Salmos e nos Profetas. Aliás, isso continua acontecendo hoje quando profetas auto-proclamados identificam com o anticristo, de forma convicta, uma sucessão de tiranos e de pessoas de expressão mundial, para depois verem Hitler, Stalim, Kissinger, Hussein simplesmente desaparecer de cena. 

Os cristãos que vivem na atualidade deparam com muitas promessas não-cumpridas. A pobreza e a população mundial continuam crescendo assustadoramente, e o cristianismo com muita dificuldade procura manter sua percentagem entre a população. O planeta tende à autodestruição. Esperamos e continuamos esperando os dias gloriosos prometidos pelos profetas e pelo Apocalipse. Com Abraão, José, Moisés e Davi aprendemos o fato de que Deus age por meios que não poderíamos prever, nem mesmo desejar. Às vezes a história de Deus parece operar num plano totalmente diferente do nosso. 

O antigo testamento dá um vislumbre do tipo de história que Deus está escrevendo. O Êxodo identifica pelo nome as duas parteiras hebréias que ajudaram a salvar a vida de Moisés, mas não se importa em registrar o nome do Faraó que estava regendo o Egito na época (omissão que tem deixado os estudiosos perplexos desde aquela época). O primeiro livro dos Reis dedica um total de oito versículos ao rei Onri, ainda que os estudiosos seculares o considerem um dos reis mais poderosos de Israel. Na sua maneira de fazer história, Deus não se impressiona com tamanho, poder ou riqueza, Fé é o que ele está esperando, e os heróis que vemos surgir são heróis da fé, não de poder ou riqueza. 

Portanto, a história de Deus concentra-se nos fiéis a ele, não importa o resultado dos fatos. Quando Nabucodonosor, um dos muitos tiranos que perseguiram os judeus, ameaça três jovens de serem torturados pelo fogo, eles responderam: 

“Se formos lançados na fornalha de fogo ardente, o nosso Deus, a quem nós servimos, pode livrar-nos dela, e ele nos livrará da tua mão, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste”. 

Impérios erguem-se e caem, líderes poderosos são catapultados ao poder e depois despencam de lá. O mesmo Nabucodonosor que lançou esses três jovens na fornalha acaba insano, pastando no campo como uma vaca. Os impérios que se seguem ao dele – Pérsia, Grécia e Roma – tão poderosos em seus dias, são postos na lata do lixo da história. Enquanto isso o povo de Deus sobrevive até aos piores ditadores. Aos poucos, com esmero, Deus escreve sua história na terra por meio dos atos de seus fiéis seguidores, um por um. 

Com sua história de tortura, os judeus demonstram a lição mais surpreendente de todas: não se erra quando Deus é levado a sério como pessoa. Deus não é um poder indistinto que vive em algum lugar do céu, não é uma abstração como os gregos propuseram, não é um super-homem sensual com o que os romanos adoravam e com certeza não é o relojoeiro ausente dos deístas. Deus é pessoal. Ele entra na vida das pessoas, vira famílias de cabeça pra baixo, aparece em lugares inesperados, escolhe líderes com poucas probabilidades de sucesso, chama as pessoas a prestar contas. Acima de tudo, Deus ama. 

Como o grande teólogo judeu Abraham Heschel escreveu em The prophets [Os profetas]: 

“Deus não se revela ao profeta por meio de um absoluto abstrato, mas por meio de uma relação pessoal e intima com o mundo. Ele não está simplesmente exigindo obediência e contando que será obedecido; também é tocado e influenciado pelo que acontece no mundo, reagindo a isso. Os fatos e os atos dos seres humanos despertam nEle alegria ou tristeza, prazer ou ira [...] Os atos dos seres humanos movem-no, abalam-no, causam-lhe tristeza ou, senão, dão-lhe satisfação e prazer. 

[...] o Deus de Israel é um Deus que ama, um Deus que se dá a conhecer ao ser humano e se preocupa com ele. “Não somente rege o mundo na majestade do seu poder e sabedoria, mas reage intimamente diante dos fatos da historia”. 

Mais do que qualquer outra imagem, Deus escolhe “crianças” e “amantes” para classificar nosso relacionamento com ele de algo íntimo e pessoal. O antigo testamento está repleto de exemplos da figura noivo-noiva. Deus corteja seu povo e está apaixonado por ele como um amante por sua amada. Quando seu povo não lhe dá importância se sente machucado e desprezado como um amante traído. Mudando as metáforas de geração em geração, o antigo testamento também informa que somos os filhos de Deus. Em outras palavras, o mais próximo que podemos chegar da compreensão de como Deus nos vê é pensar nas pessoas mais importantes para nós: nossos próprios filhos, e a pessoa que amamos. 

Pense no pai “coruja” com a filmadora na mão, estimulando a filha (Sophia) de um ano e pouco a soltar a mão do sofá e dar três passos em direção a ele: “Vamos lá, filha. Você vai conseguir! É só soltar a mão do sofá. Papai está aqui. Venha, vamos”. Pense numa adolescente perdidamente apaixonada com a orelha presa ao telefone durante horas para contar todos os detalhes de seu dia a um rapaz que, de tão apaixonado que também está, até se interessa por tudo isso. Pense nessas duas cenas e depois imagine Deus numa ponta e você na outra. Essa é a mensagem do Antigo testamento. 


Ps: Nada em Deus é mais surpreendente do que a escolha que fez de suas companhias, alvos de sua intimidade escolhidos a dedo. Abraão mentiu pela esposa, Jacó enganou o irmão, Moisés cometeu assassinato, Davi, matou e adulterou – mesmo assim todos foram parar na lista dos preferidos de Deus. Jacó conseguiu o seu nome novo “Israel” (aquele que luta com Deus) depois de uma luta com Deus que durou a noite toda. Desde esse dia o nome do povo de Deus lembra aquela luta. Os integrantes do povo de Deus são literalmente filhos do conflito. Deus acerta os ponteiros com murmuradores ruidosos como Jó, Jeremias e Jonas. Ele enfrenta Abraão e Moisés em discussões longas – e às vezes os deixa ganhar! Ele é assim, leva os seres humanos a sério, dialoga com eles, os inclui em seus planos e ouve o que têm a dizer. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O CRISTÃO NAS REDES SOCIAIS




     Alguns anos atrás não seria necessário tratar de assuntos como esse, afinal, a geração passada não conheceu, em seu tempo, o avanço da tecnologia como vemos agora.

Um pouco de história

A internet surgiu, disponibilizada ao público, por volta de 1991, antes disso o uso era restrito à cientistas e militares. Os computadores que hoje conhecemos são um processo evolutivo de proporções gigantescas. Me lembro muito bem do primeiro computador que usei, um IBM XT por volta do ano de 1987, era um “dinossauro” comparado aos de hoje.
A tecnologia trouxe muita facilidade, isso é fato, possibilitou o desenvolvimento de atividades antes impensáveis. No meu ponto de vista a tecnologia trouxe prejuízos em certas áreas, mas, isso é questão para outra hora.
O primeiro site de rede social criado, segundo informações, foi o classmates.com no ano de 1995 com a intenção de unir antigos amigos de colégio ou faculdade. Porém para ter acesso ilimitado era necessário o pagamento de uma taxa, hoje parece estar gratuito. 
Depois disso muitos outros foram criados, porém, no ano de 2004 quando um engenheiro turco do Google chamado Orkut Büyükkökten projetou o Orkut (seu próprio nome) iniciou-se um processo de divulgação em massa pelo próprio Google, que sem dúvida, até o momento, é o maior sistema de pesquisas existente. Com isso o Orkut alcançou milhões de pessoas, principalmente no Brasil, tendo seu auge em 2008 com até 23 milhões de usuários.  
Hoje o Orkut não é mais a sensação do momento, foi derrubado pelo concorrente Facebook. E pode ser que em breve o Facebook seja também derrubado por outro sistema. Assim funciona a internet.

O lado bom das redes sociais para os cristãos

Dizer que o crente não pode usar redes sociais é exagero, mas dizer que deve ser cauteloso é necessário. Tudo que é usado de forma desregrada é ruim.
Existem grandes vantagens nas redes sociais para cristãos; a facilidade de contato entre outros cristãos é impressionante. A rapidez na troca de informações é surpreendente. Negar esse fato é impossível. Um cristão sabendo utilizar esse recurso será muito bem edificado. Há vários cristãos que sabem utilizar essa ferramenta, trazem benefício não apenas para ele próprio, mas ainda edifica outros, isso é ótimo. Todo cristão deveria usar as redes sociais para demonstrarem ao mundo a verdadeira vida cristã.

O lado ruim das redes sociais para os cristãos
Um dos grandes problemas destas redes sociais está em achar que se pode tudo; a falsa impressão de privacidade deixa o usuário desatento. O fato de estar no computador, muitas vezes sozinho, dá essa falsa impressão de privacidade. Neste estado a pessoa acaba se abrindo e deixando escapar sua intimidade, mostrando ao mundo sem se dar conta disso. O que me despertou a escrever essa matéria foi exatamente isso.
Nas raras ocasiões que acesso o Facebook tenho ficado abismado com algumas coisas que vejo postadas e até mesmo curtidas pelos que se intitulam cristãos. É como se quem vemos na igreja fosse alguém totalmente diferente de quem está na rede.
Cada um de nós tem atitudes e gostos diferentes, e ainda bem que é assim, porém, existe um padrão de vida para aqueles que são cristãos e alguns princípios devem ser observados. É possível descobrirmos muita coisa de uma pessoa simplesmente analisando atitudes, gostos, palavreado, amizades, etc. O cristão deve ser conhecido também através destes aspectos, porém, nas redes sociais o perfil de muitos crentes não condiz com quem leva o nome de Cristo.
Em Lucas 6.45 diz: “…porque a boca fala do que está cheio o coração.” Trazendo esse conceito para nosso contexto diria que “os dedos digitam do que está cheio o coração.”
Através de links postados, imagens, links curtidos, palavreado utilizado em posts e comentários é possível avaliar muita coisa. Cuidado com o que você posta em seu perfil, cuidado com o que você curti, pode ser muito prejudicial para seu testemunho de cristão.
Outra coisa que tem causado grande mal para os cristãos é o tempo gasto nestas redes sociais. Tempo totalmente perdido em coisas banais e sem proveito. Eu reconheço que tem coisas legais postadas por amigos que chamam a atenção e fazem rir, e isso é bom, mas, há quem fique por horas lendo e vendo coisas sem proveito algum. Há também que já se viciou em redes sociais, não passa um dia sem acessar e se sai do computador está no celular. Isso com certeza não é bom.

Conclusão

Cada cristão é responsável diante de Deus por sua vida e testemunho. Isso será cobrado de nós pelo Senhor. (2 Coríntios 5:10 “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”) Portanto me preocupo com a maneira que demonstro Jesus em minha vida. Faço aqui um apelo aos que realmente amam o Senhor, que abram os olhos e sigam em frente testemunhando do Senhor em cada momento.
Use as redes sociais para terem uma amizade pura com outros cristãos e aproveite o espaço para falar de Jesus. Reduza o tempo inútil conectado em coisas banais e recicle esse tempo em contato com Deus. Procure utilizar a internet e todo seu poder para aumentar seu conhecimento bíblico e ajudar outros a encontrarem Jesus.
Não deixe a vida passar virtualmente, afinal, no céu não há, nem haverá redes sociais.
Efésios 2.1-7 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.”

sábado, 15 de setembro de 2012

DIREITOS AUTORAIS NA IGREJA



De acordo com a Lei Federal 9.610/1998, é necessário obter permissão do proprietário antes de imprimir, arranjar, projetar ou reproduzir qualquer música. Logo, para utilizá-las da maneira correta, seria necessário entrar em contato com todos os proprietários das músicas utilizadas em sua igreja. Por esta razão, a CCLI  (Christian Copyright Licencing, Inc) entidade que trabalha com o licenciamento de direitos autorais relacionados com igrejas e músicos cristãos criou a Licença de Direitos Autorais.  Em outras palavras, músicas de artistas gospel, por exemplo, que são comumente executadas em igrejas  evangélicas devem ser taxadas, pois pertencem à quem as registrou.




Apesar de a CCLI já atuar no Brasil desde 2008, os questionamentos em torno de seu trabalho tomaram grandes proporções  depois que o bispo Walter McAlister, líder da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida, trouxe a público seu descontentamento com uma carta da entidade que sua igreja recebeu alertando sobre a sua regularização quanto ao pagamento de direitos autorais, que deveria ser feito através da entidade. O mesmo diz compreender as questões autorais, mas questiona se as igrejas são instituições com fins lucrativas, pois, segundo ele, neste caso a cobrança seria justa:


"Igreja é um empreendimento com fins lucrativos? Não – segundo a definição do próprio Estado brasileiro. Ela goza de certos privilégios, na compreensão de que a sua atividade é religiosa, devota e piedosa e, sendo assim, sem fins lucrativos. Que muitos “lucram” em nome da Igreja ninguém duvida. Mas, em termos estritamente definidos pela legislação, não é um empreendimento que tenha como finalidade o lucro." ( Bispo Walter McAlister)


Gerou-se então uma grande polêmica a respeito do fato em que as igrejas terias que pagar para executar músicas dos chamados artistas gospel nos seus templos. Muitos defendem que as igrejas voltem a se restringir às músicas dos hinários harpa cristã e cantor cristão, que não são de artistas.


Nessa tabela A CCLI especifica valores que são cobrados pelos serviços de acordo com a quantidade de membros que as igrejas possuem:



A CCLI buscou esclarecer no seu site a situação, explicando que essa seria solução fácil e acessível para que as igrejas possam reproduzir, arranjar e gravar músicas do jeito certo e sem ter que se preocupar em obter uma autorização de uso de cada um dos autores das músicas utilizadas. Veja esse vídeo:





McAlister publicou também em sua página no Facebook uma cópia da carta recebida da CCLI, que informa que os valores a serem pagos pela entidade devem ser calculados pelo número de pessoas presentes regularmente no culto das igrejas:



terça-feira, 11 de setembro de 2012

O MATERIALISMO E O INFERNO

E disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança.

Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?

E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. 

E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; 

E ele arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. 

E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; 

E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. 

Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? 

Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus. 


Lucas 12:13-21







"Tentou reservar as bênçãos de Deus unicamente para o seu benefício próprio"



Podemos aplicar o nosso coração em vários negócios de nossa vida, alguns em maior, outros em menor grau, porém algumas pessoas aplicam o seu coração na busca pelas riquezas com uma dedicação igual àquela que uma religião exige. Percorrem cidades, atravessam continentes em busca das riquezas e se esforçam mortalmente por isso, alguns ao ponto de passar por cima dos seus semelhantes, humilhá-los e em muitos casos, até matá-los. Quando falamos de materialismo, podemos ver que nada há de novo concernente a esta questão, tudo que falarmos, já aconteceu ou ainda há de acontecer de forma semelhante ao que já aconteceu no passado como: brigas, desordens, avareza que leva à morte do próximo, invejas, etc.




O homem moderno, assim como o homem do passado, vive um certo contraste entre o possuir e o viver, e no texto apresentado nos deparamos com um rico insensato que não entendia que suas posses não eram suas, mas emprestadas (I Tim 6:17). Sua avareza aqui fica explícita por que tentou reservar as bênçãos de Deus unicamente para o seu benefício próprio (vs.18-19), tendo esta vida por superior à vida eterna. A riqueza verdadeira e duradoura é termos dentro de nós mesmos a Deus, o verdadeiro tesouro (v.21), tesouro este que não pode ser roubado ou tirado de nós.



A atitude do rapaz que fala com JESUS antes deste contar a parábola não foi algo incomum, ou seja, pedir um Mestre para resolver sua disputa legal, pois os judeus normalmente pediam aos rabinos para resolver suas disputas legais, o problema aqui estava na verdadeira importância, que é a vida, onde JESUS rejeitou o papel de árbitro para verificar a verdadeira motivação daquele que o interrogara. Para isso, JESUS conta uma história se direcionando a todos os presentes com o intuito de ensinar uma lição. O filho mais velho tinha por direito receber o dobro do que os outros recebessem, e após fixada a herança, o queixoso tinha todo o direito legal de recebê-la. JESUS sabia, àquela altura, que o homem que o indagara fazia parte de um pequeno grupo de pessoas de classe abastada e muito privilegiada com um montante de menos de um por cento da população e que, muitas vezes nem mesmo precisavam trabalhar em suas terras, pois tinham quem o fizesse por eles.








"descansa, come, bebe e folga." 



O estilo de vida do homem rico apresentado na parábola parecia o estilo de vida pregado por um filósofo do passado chamado Epicuro, morto em 270 a.C., ele ensinava que o maior bem na vida é a felicidade, não reconhecia o Deus Criador, ignorando-o, porém aceitava vários deuses que não intervinham nos negócios da humanidade. Este filósofo ensinava que o homem devia buscar os prazeres, não só os da carne, e evitar os sofrimentos; nada diferente do homem contemporâneo. Então podemos dizer que tinha uma certa vaidade epicurista quando diz: "descansa, come, bebe e folga." Isso, para o homem mortal que precisa buscar a verdadeira vida, soa como loucura, pois estava vivendo com o melhor que a vida mortal poderia oferecer, mas de forma despreocupada sem considerar a Deus e sua vontade que também é ajudar o próximo.




O homem que pensa que tem tudo e não se dá conta do dia da morte, de fato não tem nada. O que tal pessoa poderá fazer no dia em que sua alma for exigida? Nada! Trabalhou em vão para um futuro que não terá perspectivas verdadeiras. O erro do homem rico não estava em como tirava o seu ganho, mas sim em acumular somente, nunca dando. JESUS quer nos mostrar que para que possamos ser curados de toda e qualquer ganância e avareza que leva o homem para o Inferno (Luc. 16:14; I Cor. 6:10), precisamos buscar o Reino de Deus e suas riquezas que são eternas (Luc. 12:31)., dar ouvidos para o Criador, pois quem dá ouvidos a Deus é de Deus (Jo. 8:47). O homem egoísta não sabe dar ouvidos a Deus e tão pouco pratica a justiça, praticar a justiça é algo inexistente no coração avaro, que faz da riqueza sua razão de viver. Como temos visto pessoas que tem tanto, porém nunca dão, a não ser para si mesmos! JESUS não se mostra contra uma pessoa ser rica, mas sim contra uma pessoa depositar sua confiança nas riquezas (Luc. 12:21,31,34).Buscar o Reino de Deus é a única solução para o homem caído. Se o homem persiste em não dar ouvidos para Deus e sua Palavra, só lhe resta uma palavra diretamente do Criador:"Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? (Lucas 12:20).



Corramos para a presença de Deus e ajuntemos tesouros nos céus onde a traça e a ferrugem não podem consumir ou os ladrões roubar (Mat. 6:12-20).





Bibliografia:


KASCHEL, Werner; ZIMMER, Rudi. Dicionário da Bíblia de Almeida: 2ª Ed. São Paulo: SBB, 1999. 

DAVIS, John D. Dicionário da Bíblia de John Davis: 3ª Ed. São Paulo: Hagnos, 2005. 

STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento: 2ª Ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2008.

KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos. Novo Testamento: 1ª ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

RELACIONAMENTO ENTRE CRISTÃOS E NÃO CRISTÃOS


10 Motivos para não se relacionar sentimentalmente com uma pessoa que não serve a Deus













1° Ritmo de vida.
Qual é o ritmo de vida de um(a) Cristão/Cristã? Toda semana, ele vai uma, duas, três ou mais dias na igreja. Isso para um “ímpio” já cheira como fanatismo, então se não quer ser chamado de fanático (a), caia fora rsrsrs. Você sabe que não é fanatismo, é alimento estar na igreja ouvindo a Palavra estando em intimidade com Deus, mas não queira que uma pessoa que não tem a sua fé entenda isso.

2° Vida Sexual.
Um casal de namorados “do mundo” se relaciona sexualmente como se fosse a coisa mais simples do mundo (não digo todos – mas a maioria) Nós Cristãos já sabemos que relação sexual é um laço de almas, porém, só podemos laçar nossa alma com quem somos casados. Não sou ingênua de pensar que TODOS os Cristãos seguem a coisa desta maneira, infelizmente. Linda, não queira que um namorado “de outra religião” entenda que você quer se guardar, não queira mesmo, isso não existe!

3° Separação do pecado.
Você acha mesmo que seu namorado (a) vai achar legal que no carnaval, que ele podia estar nas baladas ou nos sambódromos, ao invés disso ele fique “empatado” dentro de casa, porque você é evangélica (o)?. Me desculpe, mas após o carnaval vem os dias em que mais atendo mulheres com problema sentimental e precisam de ajuda psicológica, porque foram traídas e etc. Seu namorado (a) não quer se separar do pecado, se quisesse ele (a) já estaria servindo a Deus com você, é ou não é?

4° Vida Espiritual
O parceiro acha loucura quando você tem sonhos, acha bobeira ler a bíblia, não gosta das suas amizades da igreja, isso gera ciumes e ciumes gera tudo, menos coisas que realmente valem a pena. Tenho muitas amigas, lindas, que começaram a namorar com rapazes que conseguiram afastá-las da igreja. Filhas de pastores, conheço muitas. Não quero dizer que será sempre assim, mas até aqui é o que tem acontecido, e muito por sinal.

5° Dízimos e Ofertas
Você conhece alguma coisa que “pira” mais uma pessoa, que não está na igreja, mais do que o dízimo? rsrsrs
Experiência própria meus queridos, eu era proibida de dar o dízimo, senão coitada de mim, da minha igreja e do meu pastor que era sempre xingado coitado rsrs.

6° Afastamento da Igreja
Como não dará para você unir, uma hora você terá que escolher, ou o “amor” ou o AMOR (me entendem né?) AMOR com todas as letras maiúsculas, é o AMOR de Deus. Chega uma hora que você terá que trocar as tardes de sábado, que usava para ensaiar o louvor, para passear com namorado (a), as vezes ir em shows de bandas do mundo, ou simplesmente um passeio para o sorvete. Ainda que seja uma coisa inocente, você deverá dividir o seu tempo, e Deus não aceita dividir sua vida com ninguém que venha ser “contra” ELE. Você terá que encurtar o seu tempo que era pra Deus, para poder dar atenção àquela pessoa e as brigas serão rotineiras.

7° Deus adverte contra isso na PALAVRA.
Deus tem um zelo especial pelo seu povo, por isso ELE não queria que Israel se envolvesse com as filhas de outros povos, para que Israel não viesse a idolatrar os deuses estranhos. Tenho vergonha de dizer isso, mas eu já cheguei a carregar uma imagem de “santo” na minha bolsa porque um ex namorado havia me dado. Quando a gente está “amando” ficamos cegos.

8° Quando eu estiver em crise espiritual…
Quando eu estiver em crise espiritual (coisa que todos passam por ela) eu precisarei de alguém de Deus para levantar a minha fé. Só poderá fazer isso uma pessoa de Deus.

9° Quando eu quiser orar com alguém…
Há pessoas “do mundo” que não se importam em orar, porém, orar com uma pessoa que tem vida com Deus é outra coisa! Falar sobre as coisas de Deus, orar juntos, ir no monte (eu amo – rsrs), ir na Igreja e etc.

10° Deus será colocado como incômodo no seu relacionamento
Gosto de compartilhar experiências, e nisso tenho rsrsrs. Quantas vezes eu sentia que meu “noivado” não ia pra frente porque eu era muito dedicada às coisas de Deus? Então eu resolvi dar um tempo para Deus, e vocês que acompanham o Blog já sabem o que aconteceu. Quem não sabe, clique aqui e leia meu testemunho.
Enfim, não é porque não deu certo comigo, que não dará com todos. Mas eu quero ser livre para adorar a Deus, quero estar na igreja sem medo de ser descoberta pelo meu marido, aliás, quero que o meu futuro marido me leve na igreja.
Quando tivermos filhos, não haverá discussão entre BATIZAR ou APRESENTAR, e para agradar os DOIS fazer batismo e depois a apresentação, eu sei que isso é errado. Não quero criar meu (ou meus rsrs) filho (s) com pensamento dividido. Quero que o nome do Senhor seja engrandecido por todos na minha família. E você, o que acha?

Retirado do Blog Evangelizai